segunda-feira, 22 de junho de 2009

Para não viver a vida sem viver

Por acidente, acabei vendo um filme diferente do que pretendia e gostei muito. Conferi “Tinha que ser você”, uma comédia romântica que ultrapassa a adjetivação dada pela imprensa e pela própria produção do filme. Estrelada por um carismático e intenso Dustin Hoffman, a história vai além de clichês para fazer rir e chorar com densidade, através da força do acaso, da honestidade e em prol da entrega.
Mais que um encontro romântico, “Tinha que ser você” é um estímulo à coragem. A coragem – de tentar, de recomeçar e de se entregar, sem dar tanta importância as incertezas do caminho, ao dia de amanhã, ao depois.
Me apaixonei pela história porque ela mostra que ser feliz é mais simples que pensamos e que quem não quer viver a vida sem viver, tem mais é que se atirar, nem que seja para catar os caquinhos e tentar mais mil vezes, já na maturidade, depois de tropeços, mancadas e faltas graves. Assim fazem os personagens centrais, motivados pelo afeto. Ela, vencida pela insistência dele. Ele, cativado pelo encorajamento e apoio que recebeu dela.
Saí da sala, feliz porque além de confirmar algo em que sempre acreditei, muito do que vi me fez lembrar de uma das experiências mais doces e improváveis da minha vida. Algo que hoje tem seu lugar no passado e na beleza das lembranças, mas deixou como grande legado o entendimento que, independente de qualquer preconceito e diferença, somos pessoas que amam e sofrem igualmente. Mas esse é um outro assunto, que deixo para depois.
Meus beijos

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