segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

E o ano começa de verdade!

Praticamente dois meses depois da chegada de 2010, o ano novo finalmente tem o "aval" para começar, já que (finalmente) todas as mil festividades aconteceram!
Que se desenrole o novo ano de uma vez!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ao Deus dará

Auto - abandono revelado pelo Carnaval
Desde a faculdade de jornalismo sempre ouvi profissionais experientes exaltarem a importância que a cobertura jornalística de um Carnaval tem para a carreira de qualquer repórter. Por isso, mesmo sem nunca ter sido muito entusiasmada com a festa de Momo, abracei a missão de cobrir o Carnaval de rua carioca com toda a paixão e profissionalismo. E, mais que uma tremenda oportunidade comercial para minha empresa, enxerguei no compromisso de fazer essa cobertura, uma ocasião perfeita para ter um batismo dito “fundamental” por jornalistas veteranos. Tudo começou quando, semanas antes do Carnaval, eu e minhas sócias comemorávamos o fechamento de um negócio importante que envolvia nossa empresa e mais outras duas, na prestação de um serviço para uma grande empresa patrocinadora dos blocos do Rio de Janeiro. A tarefa consistia numa pesada maratona atrás dos blocos cariocas, com a produção de textos jornalísticos e publicação (quase em tempo real) no site da empresa cliente, abrigado em um grande portal de informações, na internet.
Aparentemente, a missão parece simples. Mas, só parece mesmo, tento em vista que o Carnaval de rua carioca é feito por quase grandes blocos, que ostentam números como 50 mil seguidores, que, para completar, acontecem em diferentes bairros, muitas vezes em horários simultâneos.
Sim, foi imprescindível selecionar, orientar, acompanhar e coordenar o trabalho de uma equipe de reportagem para agregar força e agilidade ao trabalho que começou comigo e com uma das minhas sócias.
Quem lida com jornalismo sabe que coordenar uma equipe de reportagem não é moleza. Que dirá quando o “editor” também atua como repórter. Esforço dobrado, num plantão que começou dias antes do Carnaval e avançou feriado adentro. Basicamente, é isso que posso falar sobre o operacional da missão.
Mas há uma outra parte, a que diz respeito às minhas impressões como repórter, depois de acompanhar cada bloco. Entre tudo o que vi, saltou aos olhos a extrema criatividade e alegria do brasileiro (assim mesmo, de forma geral, já que o Carnaval carioca recebe turistas de todos os estados). Fantasias mirabolantes, simples ou inusitadas, não importa!Entre todas havia uma unanimidade: a criatividade e poder de transformar a dor em humor!Além, é claro de uma alegria genuína e muito intensa. Dessas de causar inveja aos rabugentos de plantão. Nesse sentido, duas cenas me marcaram. Uma delas foi ver um velinho de bengala dançar e cantar em seu quintal, acompanhando, como podia, o bloco que passava em sua rua. A, outra foi entrevistar Elza Soares, veterana de outros carnavais, e entender porque a estrela recebe, ano após ano, várias homenagens nesse período (era, inclusive, homenageada de um dos blocos). Apesar de já idosa, Elza irradia uma vontade de viver muito grande, que talvez, explique o fato dela se manter (de forma positiva) na mídia há tantos anos.
Dotado de tanta inteligência (faço essa leitura do bom humor e criatividade) e otimismo, chega a ser triste o fato do brasileiro ter um nível de interesse por assuntos de coletividade, como a política, por exemplo, inversamente proporcional ao Carnaval. Sempre fazia essa comparação quando via multidões de foliões, se deslocarem espremidas em ônibus lotados, de um bairro para o outro, para acompanharem seus blocos preferidos, com um calor de 40º, com todo o entusiasmo do mundo. No entanto, diante de eleições ou acontecimentos políticos importantes, nunca vi nem um terço dessa mobilização e interesse.
Por isso, digo sem medo, que o brasileiro parece viver numa fuga da realidade, marcada por uma miopia constante diante de seus próprios interesses. Como se a “providência divina” fosse a responsável por nos prover de tudo. Essa foi a impressão mais forte que eu tirei da cobertura do Carnaval de rua.Daí meu desapontamento com o tal batismo, de que sempre ouvi falar com um entusiasmo ímpar por profissionais da antiga. Das duas uma: ou me sobra pessimismo ou meus colegas e mestres são otimistas demais.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Bastidores do Carnaval

Estamos em pleno sábado de Carnaval e mal posso relaxar, pois a cobertura dos blocos cariocas tem agitado meus dias e noites há mais de uma semana. Quando esses dias insanos acabarem, voltarei aqui para contar as peripécias da festa de Momo.
Até lá, divirtam-se, cuidem-se e deliciem-se com esse artigo muito bem humorado sobre o Carnval, publicado hoje no globo on line: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2010/02/12/carnaval-ame-ou-renda-se-915851184.asp
Beijos e até

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ser bela é ser autêntica

Em plena ditadura da beleza, achei muito bacana a visão do Murilo Ribeiro, jornalista e amigo pessoal, sobre a recente aparição da pop star Beyoncé. O episódio foi exaustivamente repercutido pela imprensa, como se existisse algo de ruím no fato da cantora ter se deixado fotografar sem estar impecável.
Pessoalmente, acho que além de não haver mal nenhum nisso, a foto é uma prova de que até mesmo mulheres belas, famosas e que têm acesso a todo o tipo de tratamento estético podem assumir seus defeitos e pequenas feiurinhas físicas sem que isso represente infelicidade.
Mas que lembrar que pessoas públicas são tão imperfeitas quanto pessoas anônimas , essa visão rende a nós, mulheres comuns, o direito de sermos felizes exatamente como a natureza nos fez.
Para quem ainda tem dúvidas disso, nada melhor que conhecer o depoimento de um representante do sexo oposto. Leia o que o Murilo escreveu sobre o ocorrido:
http://babelturbo.blogspot.com/2010/02/da-serie-agora-coisa-vai-14.html

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Com bênçãos da matriarca

Tive uma semana pesada, cheia de trabalho, pequenos e grandes problemas para administrar. Poderia estar mal humorada e chateada, mas minha sexta –feira começou - e continua – muito feliz! Na última madrugada sonhei com a minha querida avó materna, a vovó Amália. Ela é uma espécie de entidade para toda a família. Pois, embora ela já tenha falecido há alguns anos, pairam sobre nós os ecos dessa existência perene e fundamental para nossa história familiar. Porque a D. Amália teve – e tem - uma influência inquestionável para cada um de nós do clã Buscapé.
Enfim, pensar nela é bom e sonhar com ela, ainda melhor! Por conta desse meu sonho lindo, amanheci emocionada, radiante e feliz demais, me sentindo abençoada e protegida pela sabedoria e legado daquela velha senhora. Crente de que somos - todos nós – capazes de conquistar qualquer coisa, assim como aquela mulher tão humilde, mas grandiosa foi capaz!
Aos que não conhecem a razão da minha extrema devoção e gratidão àquela velhinha, explico que tenho mil motivos para sustentar esses sentimentos, mas destaco alguns deles: de tudo que a D. Amália me ensinou, o que mais apreendi da sua longa existência (morreu aos 96 anos!) foi a incrível determinação e inacreditável altruísmo e senso de coletividade dessa querida matriarca. Pois, ao longo de sua vida, ela perseguiu seus sonhos e se esmerou para dar aos filhos um mundo de possibilidades e fez isso, sacrificando a vaidade pessoal, pequenos e grande prazeres da vida e noites de sono. Pela família, ela foi uma legítima máquina, que trabalhava, trabalhava e trabalhava e, sobretudo, projetava para os seus possibilidades e sonhos quase impossíveis diante da realidade em que viviam.
Quando me perguntam a que religião pertenço, tenho orgulho de dizer que a minha Deusa é a vovó Amália. Sou fiel à boa parte dos preceitos morais que ela defendia, à incrível coragem que ela esbanjou por toda a vida e à fantástica capacidade de sonhar – e realizar dessa mulher – personagem!
E, de tudo que vivemos juntas, só lamento nosso timing não ter sido compatível para eu dizer que lhe amava, que lhe amo, que lhe amarei por toda a vida!Porque, quando amadureci o suficiente para dizer isso a alguém, ela já não estava mais lúcida...Mesmo assim, sinto que esse sentimento vai chegar até ela, de algum modo.
Por fim, encerro esse relato com as bênçãos da matriarca, com a lembrança de um sonho que vou eternizar, enquanto eu viver!