quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Viver é...

Cortar os cabelos muitas vezes;
Brincar de ser Branca de Neve usando bloqueador solar;
Ver espinhas eventuais como um sinal de que aprendemos a vida toda;
Mergulhar no mar em dias quentes;
Contemplar o mar todos os dias;
Sentar-se diante do mar em dias frios;
Estar em cachoeiras no alto verão;
Observar a natureza, tentar entedê-la;
Ver as estrelas em praias desertas;
Reconhecer a plenitude de um céu estrelado;
Estar entre amigos;
Achar-se, mesmo entre estranhos;
Viajar e conhecer os mundos que formam o mundo;
Viajar e render-se a beleza do novo, sem esquecer dos próprios tesouros;
Dormir protegida pelo edredom da vovó;
Dormir protegida pelos braços do amor;
Comer pratos rústicos;
Saborear a delicadeza de um doce bem feito;
Cozinhar;
Dançar;
Cantar, mesmo desafinando;
Escrever;
Falar honestamente;
Ouvir e aprender com o que é honesto;
Amar, mesmo diante do desamor;
Vencer a morte e envelhecer.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Convergência

“Disposição de linhas, raios luminosos ou elétricos,elétricos que se dirigem para o mesmo ponto;Tendência de várias coisas para se fixarem num ponto ou se identificarem”
Essa é a definição literal de convergência e esse post, uma tentativa de acionar a tecla SAP do discurso intrincado e truncado que rola nas academias e em Brasília, em pequenas rodas e ilhas do poder, respingado aqui e ali na cobertura política da imprensa sobre a convergência e a forma como vivenciamos essa revolução.
Fazer o patchwork das informações, novidades e previsões da “conjuntura convergência” é a forma mais simples de entender esse cenário. Olhar o cotidiano sócio – cultural brasileiro pelo retrovisor do tempo, vendo o passado recente - 40 anos marcam o início da grande revolução da convergência tecnológica brasileira - dá sentido ao que se vê no presente e nos faz vislumbrar um futuro próximo, onde uma só infra-estrutura de tecnologica vai prover serviços que, antes, exigiam equipamentos, canais de comunicação, protocolos e padrões próprios e independentes.
Nesse exercício, vou tomar como exemplo o “velho” telefone fixo, que no início desse processo foi até símbolo de status social e uma forma de investimento (em 1969, uma única linha telefônica custava até US$ 6mil*). Na carona do tel, se vê que muito mudou. Hoje, telefones operam junto
dos computadores, no embalo das multifunções e da internet. E isso já incluí o filhote super pop do telefone fixo, a majestade o celular.
Sobre os “pequenos notáveis”, vale lembrar que de 1998 para cá, vivem os tempos das grandes ofertas, popularização crescente e o mais importante: a inclusão social!!!
E então chegamos na cereja desse bolo. Afinal, convergência, tecnologia e todo direcionamento desses incrementos, só faz sentido se convertido para a viabilização do progresso e para o bem estar social.
Para ver o que a tal da convergência representa no Brasil, vamos ao dados (até maio de 2009, segundo o IBGE):
Telefones fixos – 41,6 milhões de acessos;
Telefones móveis – 159,6 milhões de acessos;
TV por assinatura – 6,7 milhões de acessos;
Serviços de comunicação multimídia (dados, voz e imagem) – 12,1 milhões de acessos.
Os números só corroboram a “tendência convergência” e o que diz o estudo divulgado pelo Insat. Segundo o instituto, as aplicações de convergência entre aparelhos fixo – móvel, tem tudo para se tornar realidade no meio corporativo, com previsão de aumento do número de aparelhos preparados para a tecnologia de 5,8 milhões, em 2008, para 31 milhões, em 2013. Caviar exclusivo para as empresas? Não! Mais um sinal de que tal da convergência veio para ficar e modificar o dia a dia das pessoas. O que dizer da internet, que em 1991 chegou ao país para servir exclusivamente ao meio acadêmico e hoje já flerta com a inclusão digital total, onde escolas públicas e áreas rurais participam da festa?
Para os mais céticos, voltemos então para o retrovisor *:

Em 1969, existem 1,8 milhão de telefones fixos no país e a ligação internaconal pode levar até 24h (!) para ser completada;

Em 1970, a TV brasileira se consolida com a chegada da tv em cores e do videoteipe. Hoje, a tv está 97% dos lares;

Em 1972, é criada a Telebrás e os planos de expansão ainda não são suficientes, as filas nos “orelhões” grandes e constantes;

No final dos anos 80, o computador é artigo de luxo. Quase 20 anos depois, já é realidade em 22,1% dos lares brasileiros;

Na década de 90, chega a tv por assinatura. Em 2009, 467 cidades têm acesso ao serviço;

A Telebrás é privatizada em 1998. Os celulares deslancham e hoje somam mais de 150 milhões de linhas ativadas;

O acesso à internet de alta velocidade existe, hoje em mais de 13% dos lares e a terceira geração do celular revolucionam o comportamento do brasileiro nos anos 2000. O governo lança programas de subsídio à compra de computadores e à banda larga nas escolas;

Em dezembro de 2007, é lançada a tv, com promessa de interatividade e de imagem de cinema.


*Arquivo do jornal O Globo; Fontes já citadas: IBGE e INSAT

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O que vem de baixo me atinge, sim!

Quando criança sempre ouvi aquela frase que diz :"O que vem de baixo não me atinge". Bobagem...fui atingida em cheio por bichinhos que vem de baixo mesmo: os malditos cupins. O minúsculos atingiram a fundação da casa!!!
Meu pai, minha irmã e eu encaixotamos a casa inteira para deixar o caminho e os ambientes livres para a descupinização.
Pedi abrigo para familiares e durante os próximos três dias sou uma sem teto. Tudo por causa dos pequenos que vem de baixo...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Para 6ª chegar

Para nos livrar do marasmo
Nos libertar da monotonia
Romper com a previsibilidade dos dias
Nos ater ao brilho das noites

E nos levar até lá:
Até meus jardins de Alá
Para o Odeon e para o bar
Para o mar...

Que venham,então
As madrugadas de hoje e amanhã
Porque eu quero cantar!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Perdendo o rebolado

Antes de sair de casa conferi no programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga, a “Dança esportiva”. Ainda figurando no rol dos esportes “ilustres desconhecidos” (pelo menos da imensa maioria das pessoas), a categoria já temcompeticões internacionais e cerca de cinco milhões de praticantes espalhados pelo mundo.
Profissionalizar a prática é mais uma maneira de divulgar o esporte, reconhecer e estimular talentos. Dou meus parabéns para as instituições e pessoas que se encarregam disso!
Incentivos à parte, é impossível não se incomodar com aquele jeito caricaturado de dançar ritmos tradicionais da nossa cultura. Sem querer (ou querendo) esses esportistas desfizeram completamente a beleza da dança. Ao estender o rebolado aos homens, o esporte matou a virilidade tão brasileira, que sempre deu aos cavalheiros uma sobriedade elegante ao conduzir suas parceiras de salão.
Nem a finada lambada colocava os rapazes num papel tão ridículo! Francamente...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Justiça ou mais uma pizza?

Aproveito a série sobre o trânsito, responsabilidade e a falta dela, para falar do grande último acontecimento registrado pela revista “Época”, publicada essa semana:
O Ex- deputado Fernando Carli Filho já não tem mais foro privilegiado e vai responder pelo crime de duplo homicídio com dolo eventual, na Justiça Comum.
Ao meu ver, isso é o mínimo para quem foi irresponsável ao ponto de dirigir completamente embriagado, numa velocidade de 167 km/h e ,dessa forma, acabar com a vida de dois jovens.
Espero que autoridades não cedam às pressões políticas para aliviar a barra do rapaz, que se depender da pouca memória popular deve ser eleito novamente. Vide a reviravolta de Collor e tantos outros oportunistas, que ressurgem das cinzas feito Fênix.
E você, o que acha disso?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Preparando o terreno

Nunca acreditei em crise disso ou daquilo, porque acho que qualquer crise tem motivações individuais e singulares. Sempre entendi que “crise dos sete anos (no caso de um relacionamento)” é uma balela. Sempre questionei aquela coisa de “crise da meia idade”, “crise da maturidade”. Enfim, sempre achei tudo isso uma forma equivocada e pretensiosa de rotular os conflitos alheios, como se fosse possível mensurar a dor e as motivações das pessoas, com precisão.
Ainda penso que “batizar” a crise alheia (e até as próprias) é um jeito simplista e equivocado, que se aproxima mais do lugar comum e menos do esclarecimento e superação de qualquer problema. Mas, me rendo à psicologia ou sei lá quem que descobriu a chamada “crise dos 30”. Ainda não sou balzaca, mas me aproximo das três décadas de vida e já sinto um incômodo, que tem muito a ver com essa crise tão badalada...
Felizmente meu mal estar não tem nada a ver com a noção (questionável e equivocada) de “velhice”. Ao contrário de muitas amigas contemporâneas, me sinto plenamente jovem e os efeitos do tempo não me incomodam em nada.
Em contrapartida, dei um nó na cabeça, por conta dos questionamentos que resolvem surgir do inconsciente de repente, sem aviso prévio.Aí, é um tal de “se”. “Se tivesse feito isso e não aquilo”...Conjecturas e crises à parte, meu olhar otimista ainda se alegra, pois parece que a tempestade de reflexões é abre alas da verdade, que chega nua e crua para bater a porta da consciência. Mal ou bem, a lucidez já é uma conseqüência incrível de tudo isso. Que a luz abra as portas para a verdade e apronte o solo para a razão!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Por outro lado...

Semana passada postei um texto que falava da Lei Seca, com o objetivo didático de estimular a direção responsável. Exagero? Não. Vide o caso emblemático do deputado estadual Fernando Carli Filho, que ao dirigir embriagado, matou dois jovens. Como ele, ainda existem muitas pessoas que insistem em agir de forma irresponsável. Foi pensando nelas que escrevi “Goró Caro”, pois independente de quantos leitores e do nível de visitação que tenho, me comunico publicamente através do ‘Bate e rebate” e não fujo a responsabilidade de levantar bandeiras que considero justas, através desse espaço.
Dito isso, cabe lembrar que não tenho qualquer motivo para dizer amém ou fazer vista grossa para os pontos fracos e até oportunistas da Lei Seca, nem muito menos, me vejo no direito de condenar motoristas habitualmente responsáveis, que são ou foram punidos por deslizes pequenos, que até os centésimos tem dificuldade de mensurar. O meu recado tem um destinatário muito claro: motoristas irresponsáveis costumeiros, que ainda pensam que não há nada demais no fato de beber bastante e dirigir.
Sendo assim, vou contextualizar para falar também daquilo que pode (e deve) ser revisto entre tudo que tem a ver com essa iniciativa.
Antes de impor qualquer restrição, autoridades deveriam dar opções eficientes e seguras de transporte público coletivo, que garantisse o direito de ir e vir das pessoas, a qualquer hora, para só então regular a direção.
Levando em conta que a maioria absoluta da população não pode pagar as corridas (salgadas) de taxi, que outra opção existe além de dirigir? Nenhuma. E isso, por si só, já cria uma tremenda incoerência diante da lei, que admite quase nenhum álcool no organismo do motorista.
Outro ponto polêmico são as punições. Para que aplicar a suspensão do direito de dirigir por até um ano, aos motoristas que, comprovadamente (através do bafômetro, inclusive), passam longe da embriaguês? Se o sujeito não é um Fernando Carli Filho da vida, a sociedade não precisa evitá-lo, como motorista!
Se a proposta das autoridades é mesmo educar, seria muito mais funcional penalizar através de trabalho voluntário, por exemplo. O que pode conscientizar mais um motorista que o trabalho com as pessoas que tentam se reabilitar para vencer as seqüelas e/ou ferimentos provocados por acidentes de trânsito?
Fica evidente que o propósito de tudo o que é feito por meio da Lei Seca, se aproxima mais da arrecadação do que propriamente da educação, como bem lembrou Fabio Machado, no post anterior.
Então, para cobrar correção do Estado, façamos a nossa parte. Contestar o erro requer acerto constate!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Infância entregue ao lixão

Um menor de idade foi morto, atropelado por um trator, enquanto dormia no lixão de Maceió. Depois da tragédia, autoridades resolveram murar e iluminar o local, como se esse fosse o foco do problema...
Ora, é óbvio que o acesso a qualquer lixão deve ser regulado e qualquer local onde circulam pessoas, deve ser iluminado também, mas a presença de menores ali tem motivações sérias. Ignorar o problema social que leva crianças e adolescentes a buscarem trabalho nos lixões Brasil afora, é como transformar o lixo social brasileiro em uma grande bola de neve, que infelizmente não vai parar com essa morte.
Ao invés de deixar as crianças miseráveis e ociosas a contemplar o lixão iluminado, as autoridades deviam olhar para a questão da educação pública, que está longe de ser eficiente, mesmo sendo a maior opção de resgate e mobilidade social que existe.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aos amigos da faculdade

Há dez anos ou mais
Tenho apreço
Saudade
E vontade de vê-los

Há dez anos ou pouco menos
Tenho orgulho
Por tê-los

Há dez anos, rapaz
Eu tinha outro jeito
Outro tempo
Outro meio

Há dez anos ou mais
Sou feliz por vê-los!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Goró caro...

Operações da lei Seca são cada vez mais comuns em todos os cantos da cidade. Muitas vezes passei ao largo pelas blitzes, mas no último sábado o carro em que estava foi parado e...bingo: o motorista foi multado depois de soprar o bafômetro, que indicou três décimos além da tolerância estabelecida por lei.
Como não dirijo, só pude oferecer minha companhia em solidariedade, enquanto esperava pelo resgate (do carro, inclusive, já que a retenção da carteira de habilitação do motorista multado faz parte da punição).
A propósito da punição, é mais ou menos o seguinte: vai da infração gravíssima, com multa salgada, passando pela suspensão do direito de dirigir por doze meses, podendo ocasionar detenção de seis meses a três anos. Quem é preso pode pagar fiança para sair do chilindró.Convém lembrar que em cantos mais civilizados do mundo como a Europa e EUA, há políticas bem mais rígidas para punir motoristas que insistem em manter a dobradinha álcool e direção.
Mesmo sentindo a regra “cortar a própria carne”, sou só aplausos a essa iniciativa do Governo do Estado e do Detran. Pois já era hora do poder público fazer algo de concreto para fazer valer uma lei elementar como essa.Para os que acham que as penas são pequenas, não vale a pena insistir no erro....Por mais afortunado e tolerante que você seja, há muitas outras vidas em questão quando o assunto é trânsito.
Vamos aos números (por extenso para ficar bem didático...rsrs):
Oito milhões de pessoas se envolvem de alguma forma em colisões e atropelamentos;
Um milhão e meio de pessoas são vítimas de ocorrências trágicas de trânsito;
Quinhentas mil pessoas são feridas;
Cento e quarenta mil pessoas sofrem lesões irreversíveis;
Quarenta e duas mil pessoas morrem vítimas de acidentes de trânsito (10 vezes mais que a guerra do Iraque);
Duas mil e quinhentas pessoas morreram em 2008 no Estado do Rio de Janeiro.

Contra fatos, não há argumentos. Portanto, não insista em dar mil jeitinhos brasileiros para beber quando for dirigir. Deixe o goró como um bônus allcolíco por “bom comportamento” ao chegar em casa na boa, sem sobressaltos, nem prejuízos. Na paz do lar vale tudo, até cowboys ; )

OBS/FOTES: Informações da ONG. Transito amigo, registros da Polícia Rodoviária Federal, Corregedora de estatística do DETRAN.

sábado, 1 de agosto de 2009

Fisgada por um marinheiro

Há cerca de duas décadas redes de fast food fazem promoções de todo o tipo. Há anos passo ilesa por todas e por isso, sempre comemorei nunca ter comprado o lanche não sei das quantas para ganhar isso ou aquilo. Minha invencibilidade acabou...
A rede de fast food Habib´s inventou uma promoção que me fisgou em cheio. Na fase mais saudosista da minha vida, me rendi ao apelo afetivo das lembranças e em breve terei em casa o bonequinho do Popeye e da sua esquálida namorada, a magrela Olívia.
Fofos que só eles, os bonequinhos com o quê de toy art, remetem às tardes chuvosas da minha infância oitentista, quando o máximo era curtir as aventuras do maior garoto propaganda do espinafre.
Vida longa para a bendita promoção!