quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O jeito é pressionar!

Depois de me desgastar com os desmandos da empresa de telefonia Oi, resolvi sanar meus prejuízos através da justiça. Quanta decepção! A Oi, é quem dá as cartas e dita as regras até mesmo no Tribunal de Justiça! Essa instituição pública, que deveria trabalhar para defender o interesse do cidadão, se rende aos interesses de uma empresa privada, como a Oi e permite que até mesmo o valor da indenização seja pautado pela disposição mal intencionada dessa empresa, que há anos lidera o ranking das mais reclamadas nos organismos de defesa do consumidor! Do contrário, a juíza que conduziu a minha audiência não teria me orientado a fazer uma contraproposta de indenização "pouco maior" que a última oferta da Oi! A juíza chegou a me dizer que eu poderia discordar da sentença e recorrer depois...
Com isso, saí do Tribunal de Justiça com uma terrível sensação de impotência, que perdurou por todo o meu dia. Isso estragou a minha segunda-feira, prejudicou minha capacidade criativa, tirou minha disposição de escrever e produzir, como faço diariamente. Mas, pior ainda: esse episódio deu status de "realidade" para um folclore triste, que diz que toda a Justiça do nosso país é comprada! Que esse país não é sério! Que a civilidade é uma realidade distante da nossa e que devemos fugir desse lugar, assim como já fizeram tantos brasileiros desapontados.
Acontece que eu não quero fugir porque a fuga não é a solução! A solução é pressionar tanto as empresas que nos desrespeitam quanto a Justiça - que sempre deve resguardar e defender nossos direitos! Então, eu quero mais que é que minha sentença seja divulgada e já aguardo ansiosa pelo dia 23 de agosto, quando o TJ vai publicar o desfecho disso em seu site. Porque agora, eu vou até o fim! Nem que, para isso, eu tenha de investir meu parco e suado dinheiro na contratação do melhor advogado de Defesa do Consumidor disponível na cidade do Rio de Janeiro!
E, por mais que alguns me digam que investir tanto não compensa, encaro esse esforço como um compromisso social. Coisa que - aos poucos – tende melhorar a atuação da nossa Justiça. Afinal, se cada cidadão prejudicado por empresas como a Oi adotar a mesma estratégia, a Justiça vai se ver obrigada a repensar sua política! Portanto, qualquer pessoa interessada em permanecer no Brasil deveria fazer isso! Essa é a nossa quota de sacrifício em prol de uma sociedade mais séria, que faça valer os direitos básicos de seus cidadãos – pessoas como eu e você, que pagam seus impostos e mantém até mesmo os salários de Juízes e todos os outros servidores públicos! Mesmo sem investir uma grana alta em bons advogados, já mantemos a Justiça e todas as instituições públicas, que deveriam nos servir, através de muitos impostos! Nosso sacrifício precisa se transformar em justiça - de verdade!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que fomos e o que somos


Nesse sábado reencontrei pessoas muito queridas. Gente que já não via há anos, como meu professor de fotojornalismo e a minha primeira professora de assessoria de imprensa. Sentados à mesa de um bar, falamos de tudo um pouco. Entre uma lembrança e outra, muita risada, carinho e alegria por estarmos ali! Então, lá pelas tantas, um assunto me tocou especialmente: como a faculdade é fundamental para deflagrar um processo muito bonito, pessoal e intransferível em todos que passam por ela: o autoconhecimento.
A variedade de assuntos, a identidade com algumas disciplinas, a afinidade com muitos dos colegas e professores, a quantidade de informação a que temos acesso, os primeiros contatos com o mercado de trabalho, a experimentação do profissionalismo, os questionamentos e algumas certezas. Tudo isso faz da vivência universitária um passaporte para um grau bem maior de consciência acerca do que somos. Enfim, parte daquilo que nos tornamos vem do ambiente da faculdade.
Hoje, já livre de certos fantasmas, tenho orgulho de dizer que esse processo continua por meio de outros caminhos: semanalmente em minhas sessões de terapia, em muitos dos texto que escrevo, em alguns dos livro que leio, em muitos dos filmes que vejo, a cada tentativa de entender e atender bem meus clientes, em parte das negociações com os colegas repórteres, em parte das conversa com os amigos...Enfim, em cada dia vivido.
E aí, mergulhada num mosaico de muitas emoções, revejo em cada um dos rostos dos meu amigos e professores num retrovisor de lembranças. Olhando com mais calma, percebo que a imagem refletida é o meu próprio rosto! A minha própria alma enfeitada por cada um de vocês! E, com gratidão, reconheço que algumas virtudes tiveram muita importância para mim. Com o Homero, aprendi que a disciplina e o rigor podem ter um tom amigo; Com a Taty entendi que a reserva é diferente do isolamento; Com a Luciana me permiti sorrir mais; Com a Laura conheci a tradução mais bonita da elegância; Com o Robson percebi que o conservadorismo pode não ser opressor. Por isso e muito mais eu amo essa galerinha da foto!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Objetivo, busca e conquista

Todos sonhamos com alguma coisa - realização profissional, harmonia familiar, qualidade de vida, saúde, amores, patrimônio, bens materiais e por aí vai... Independente de qual for o seu sonho, seja camarada com ele! Se permita sonhar! Transforme o seu sonho em uma meta! Transforme a sua meta em objetivo e, principalmente, corra atrás dele!
Muitas vezes ficamos paralisados pelo medo de fracassar e por isso consideramos uma ousadia infantil alimentar certos sonhos. Acontece que a distância entre os estágios do sonho e de realidade são bem menores do que calculamos! Não, eu não vivo de fantasias! Muitos me enxergam como uma pessoa bastante racional e até fria. Entendo que esse é um olhar distorcido por mecanismos de defesa que eu apresento e me vejo como alguém bastante sensível, intuitiva, mas muito objetiva também! Dito isso, fico confortável para dividir um aprendizado com você, leitor: até pouquíssimo tempo atrás eu subestimava o poder dos nossos próprios desejos. Hoje, percebo que o "simples" fato de ter me permitido sonhar e dar a esse sonho o status de meta/objetivo, desencadiou uma busca concreta, que me permitiu transformar essa meta em realidade! E, o que mais me impressionou nesse processo, foi perceber que tudo e todos conspiraram a favor do meu projeto, de maneira espontânea!!! Com isso, até as condições mais adversas foram facilmente superadas!
Como objetiva que sou, não vejo nenhum aspecto místico nessa experiência. Simplesmente percebo - na prática - o peso e o poder daquele ditado que diz: Querer é poder!!!! Então, com toda a humildade e boa vontade, eu torço para que você se permita querer, desejar, sonhar, poder e realizar TUDO!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O bendito fescobol

"Nunca faça da sua relação uma partida de tênis. Prefira conduzir as coisas como se estivesse jogando frescobol - onde não há vencidos, nem vencedores". Com essa sugestão um padre realizou um casamento. O conselho, entretanto, pode ser aplicado a muitos tipos de relação. Porque, de um modo geral, temos dois caminhos quando lidamos com pessoas - sejam elas quem forem: 1 - ter razão; 2 - ser feliz.
O primeiro é a opção de quem entende que suas ideias e opiniões são mais importantes que qualquer outra coisa. O segundo é a escolha de quem entende que sua própria felicidade também está na qualidade das relações que se tem com as pessoas. Daí a renúncia de ter sua "razão" reconhecida em detrimento da paz - refletida na sensação de aceitação e bem-estar do outro!
Em um mundo onde ninguém é feliz absolutamente sozinho (por mais solteiro que você seja - todos precisamos de amigos, familiares e por aí vai), nem precisamos ponderar qual é a escolha mais acertada...
Sei bem que muitas vezes é difícil calar e deixar o outro com a sensação de que uma ideia oposta e mesmo diferente da sua seja a correta, mas posso garantir que vale a pena!!!!! Até porque, sejamos humildes, dificilmente as pessoas mudam em decorrência de uma discussão. Na maior parte das vezes, uma mudança de valores, de mentalidade e de atitude é resultado de uma reflexão muito pessoal e, portanto, autônoma, só do indivíduo.
Então, experimente expor sua opinião sem enveredar em discussões, para defendê-la. Essa é uma alternativa que vai lhe garantir coisas importantes como: desabafar, ser honesto e autêntico - mantendo a tão preciosa paz!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O presente de cada dia

Entendo que a felicidade é um presente que todo mundo pode ganhar desde que se esforçe um pouco para isso, a cada dia. Sinto que 50% desse prêmio é garantido quando nos concentramos nos valores que formam a essência da nossa própria personalidade. Além de tê-los sempre em mente, vale muito a pena se aproximar de coisas e pessoas com quem você se identifica. Com isso, você reforça a base daquilo que VOCÊ é. Então, mantenha contato com seus amigos e com tudo que lhe faz bem.

Quando fazemos esse exercício diariamente, ganhamos condições de resistir às interferências daquilo que é contrário à nossa essência. Assim, ficamos blindados contra provocações e conseguimos impedir que a atitude alheia impacte nosso estado de espírito de maneira negativa. Sem contar que essa blindagem nos permite evitar discussões e brigas - confusões que nada tem a ver com a serenidade de quem se conhece e sabe o que realmente quer para a própria vida.

Longe de querer ser dona da verdade e com a maior humildade do mundo, divido com vocês o que eu considero o passo mais importante para se sentir feliz: nunca tentar modificar a visão ou atitude do próximo contestando, refutando ou entrando em choque com quem pensa e age de forma contrária e mesmo diferente da sua. Esse esforço é, além de inútil, muito desgastante e causadar de boa parte das brigas e desavenças.

É melhor estimular a mudança dando exemplo de condutas positivas e necessárias para relações saudáveis. E, se depois de tudo isso, você perceber que fulano ou beltrano não evoluem, paciência...Entenda que nem todos são capazes de elaborar, enxergar certas coisas, para mudar e se afaste! Afinal, seja qual for o laço que lhe une à pessoa em questão, você não tem qualquer obrigação de deteriorar sua essência em detrimento de quem quer que seja! Portanto, é super legítimo e saudável se afastar. Também vale lembrar que o movimento de afastamento não implica, necessariamente, no distanciamento físico. O essencial é buscar o afastamento emocional em relação a quem lhe incomoda. Então, por mais que vocês morem na mesma cidade, bairro e até na mesma casa, saiba que nada é barreira para conquistar essa distância tão providencial e salutar! Para se distanciar, você só precisa se manter conectado com você mesmo e não perder de vista seus valores essenciais, evitando que eles se corrompam. Assim, se você é uma pessoa que preza a tranquilidade, por exemplo, jamais ceda às provocações para entrar em uma briga. Evite qualquer assunto polêmico com a pessoa em questão e fuja de discussões - por mais que isso lhe renda a fama disso ou daquilo e, até mesmo, a percepção geral de que é o outro que está certo. Afinal, sua prioridade não é ter razão, mas sim sem feliz! Lembra do presente?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um fantasma que não assusta

Muitas pessoas lamentaram a solteirice, durante último domingo. A data já passou pelo nosso calendário, mas ainda é repercutida. Menos pelo comercial “Dia dos Namorados” e mais pela “dor” que o dia 12 provoca em muitos, dou um espaço a esse assunto por aqui.
Sinto que a ideia da plenitude é mais interessante quando associada à independência, que aos romances. Não pensem vocês que não acredito no amor – pelo contrário: amo e pretendo amar sempre. Mas, acima de tudo, entendo que qualquer relação não deve receber o peso ou a responsabilidade de me fazer feliz – porque disso, trato eu mesma. Como eu, todo ser humano nasce completamente capaz de ser feliz por si só. Então, se somos felizes com a nossa própria conduta, com a profissão que escolhemos, com o lar que habitamos, nada nos falta! Assim, somos todos potencialmente completos e as relações afetivas cumprem um papel acessório e não fundamental para nossa felicidade. E aí, diferente do que parte da sociedade ainda acredita e daquilo que o comércio prega, laços afetivos e “compromissos” de qualquer espécie apenas complementam, mas não completam nossas vidas.
Embora eu ouça muitas histórias que comprovem isso, prefiro falar por mim, pela minha própria experiência. No terreno da primeira pessoa, digo que depois de ter assimilado esse entendimento do quanto somos plenos, todas as relações que mantenho ficaram muito mais ricas: laços com família, amigos e namorado encontraram o ponto do amor genuíno – aquele que simplesmente existe, sem estar condicionado a qualquer dependência. Amo porque amo: tenho afinidades, admiração e afeto. E como é bom amar assim! Porque embora eu tenha a clareza do quanto todas essas relações colorem e perfumam a minha vida, também sei que minha existência é algo que segue feliz e independente de cada um desses elos. Assim, tudo fica mais leve, mais saboroso! Deixamos de nutrir certas expectativas em relação às pessoas, conseguimos exercitar o desapego, conseguimos nos doar mais para todos e diminuímos um pouco a distância entre a atitude dependente e a atitude altruísta.
Por isso, lhe digo: se você tem ou não um namorado(a), lembre-se sempre que o primeiro o último amor da sua vida será o amor próprio

;-) !


quarta-feira, 1 de junho de 2011

"Um monte de m. dentro da mesma privada"

Não tenho nada contra quem leva para a justiça qualquer questão - por menor que seja. Acho, inclusive, que essa atitude é legítima! No entanto, não pertenço a esse grupo e esgoto todos as possibilidades antes de buscar o auxílio da justiça. Hoje, infelizmente, tive de chegar a esse extremo por conta da má conduta da empresa de telefonia Oi. Mais para frente, ainda terei de me chatear mais com esse assunto, usando meu tempo para ir a uma audiência. E isso me deixa até triste. Porque, por mais que eu vá defender aquilo que é meu, por direito, prefiro usar meu tempo para trabalhar com empenho, fazendo assessoria de comunicação, atividade que adotei como carreira e meio de vida.
Infelizmente, percebo que minha relação com outra empresa de telefonia também está desgastada. A Nextel, que sempre respeitei por, até então, ter uma conduta melhor que todas as demais, está caindo no meu conceito! A novela começou quando meu BlackBerry resolveu travar. Depois de muita espera no setor de assistência técnica da loja Cinelândia, a empresa trocou a bateria do aparelho e "reconfigurou" o softwere daquele modelo. O serviço foi tão precário que, no dia seguinte, eu ainda não conseguia responder os e-mails que chegavam em meu celular, coisa que sempre fiz com tranquilidade. Então, numa semana cheia de trabalho, não tive opção senão perder mais do meu tempo curto, retornando à mesma loja Nextel. Depois de mais espera aguardando o reparo completo do meu aparelho, tive de deixá-lo por lá, para agilizar outras tarefas urgentes no escritório. Antes de sair perguntei a atendente até que horas poderia buscá-lo e fui informada que teria até às 19h30 para isso. Às 19h03 estava lá novamente e dei com a cara na porta. Com a loja fechada, meu aparelho "dormiu" lá e fiquei sem comunicação por mais de 12h, por culpa da informação errada que recebi da atendente.
Hoje, depois de três dias lentidão e informações desencontradas, fui retirar meu aparelho na esperança de encontrá-lo em perfeito estado. Para minha surpresa e irritação, só agora fui informada que a assistência técnica nada pode fazer para deixar meu e-mail funcionando plenamente. A mesma atendente que me disse a hora errada do fechamento próprio local em que ela trabalha, me sugeriu entrar em contato com a "central de dados" - que só atende o cliente via central telefônica.
Moral da história: depois de perder várias horas de três dias diferentes, enfurnada em uma loja da Nextel - em vão - vou ter de padecer para buscar assistência em ligações, que caem antes mesmo do serviço ser completo!
Pelo jeito, a Nextel está seguindo a mesma cartilha da Oi, sem levar em conta que essa empresa está entre as mais reclamadas em órgãos de defesa do consumidor e na própria justiça também. Parece que não terei outra opção que não a de perder mais do meu tempo com a Nextel - também em tribunais. Afinal, como cantava Gabriel – o pensador, as empresas de telefonia agem como se fossem um “monte de m. dentro da mesma privada” - e são mesmo!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Prazeres que cabem no bolso

Mais uma edição do Rio Restaurant Week vai acabar, deixando saudades entre os cariocas. Enquanto isso não acontece, preparei um roteiro com algumas sugestões que você pode usar nos próximos três dias. Até domingo será possível comer nos melhores restaurantes da cidade por preço de Mc Donald´s.
Comparações financeiras à parte, vamos ao que interessa! Segue o ranking comentado (e comparado) com minhas humildes sugestões para apreciadores da boa mesa. Espero que gostem! Embora eu não seja especializada em gastronomia, sou exigente ao ponto de ter ganhado a fama de rigorosa/requintada entre amigos. Então, aproveitem - são indicações feitas com algum critério, por uma mulher até faz sacrifício para manter a forma, mas adora comer bem ;-).

TOP OF THE LIST - Meu número 1 vai para o Fennel. Apesar de ter pecado por exigir pagamento exclusivamente via Mastercard, o restaurante se superou entre a concorrência, criando um menu sofisticado, sem ser afetado, com pratos extremamente saborosos e bem servidos. A casa, que fica dentro do hotel Arena, na orla de Copacabana, propõe duas entradas simples, mas deliciosas: carpaccio de salmão defumado ou Cesar Salad - ambos tão gostosos que, mesmo os mais gulosos, ficam satisfeitos a ponto de nem fazerem questão do prato principal. Então, quanto o estômago nos sinaliza que tudo está "ok", temos também a possibilidade de pedir um delicioso medalão suíno assado no "conforto" do molho amadeirado e equilibrado no abacaxi, junto de batatas gratinadas ou (dúvida cruel!) um espesso medalhão de peixe com um molho sensacional e um complemento que já nem lembro qual, mas posso garantir que é incrível! Para completar, a sobremesa ficou por conta da regional gota de cupuaçu, envolta no chocolate meio amargo ou com pudim de tapioca - ambos são de comer rezando, mas sugiro a primeira opção!
Não conferi o jantar da casa, mas a julgar pelo nível da qualidade do almoço, deve valer a pena.

PARA QUEM TRABALHA NO CENTRO - Para quem, como eu, trabalha no Centro do Rio, uma opção de sabor caprichado e almoço bacana é o Bistrô do Ouvidor. Como a casa tem cozinha francesa, a escolha ideal para o almoço são os medalhões ao molho de mostarda Dijon, com batatas calabresas cozidas e fritas entre ervas e bacon! Ah, já ia me esquecer da entrada - um Vichyssoise de batata com alho porró - muito bom! E os doces também não ficam atrás. Quando estive por lá, a sobremesa criada para a promoção havia acabado (bom indício de sua qualidade), mas pude escolher entre vários doces tradicionais e não me decepcionei com a torta de chocolate que comi (até o último farelo!).

EXPERIÊNCIA GASTRONÔMICA - Para quem valoriza outros aspectos da experiência gastronômica, como o ambiente, a atmosfera do restaurante e seu serviço, vá sem medo ao Rio Skylab. Embora o restaurante do Rio Othon Palace Copacabana já tenha sido mais caprichoso e criativo no menu em outras edições do Rio Restaurant Week, (destaco o excelente menu da primeira edição do evento), ainda vale prestigiar a casa tão tradicional quanto discreta. Afinal, resguardada no alto do prédio desse grande hotel, o lugar – que é todo envidraçado - oferece uma senhora vista do mar de Copacabana! Assim, é ideal para jantar com pessoas queridas (aliás, fiz isso ontem e - mais uma vez - foi fantástico!). Com uma sobremesa daquelas que comemos rezando, a casa só deixou um pouco a desejar na qualidade do arroz à piamontese que acompanhava o medalhão bovino.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sobre a aceitação e o perdão

Esperamos do próximo atitude parecida com a nossa. Esse movimento natural é ao mesmo tempo automático e injusto. Automático porque opera até no nível do inconsciente e injusto porque é egoísta e errado pressupor que outro indivíduo vai agir de acordo com valores que, na verdade, são seus e não dele...Então, mesmo que nossas expectativas se apóiem naquilo que o senso comum considera justo e razoável, expectativas, idealizações – por si só – são os erros originais no processo de apodrecimento das relações entre as pessoas.
Ligados no automático, não nos damos conta disso e passamos a vida toda esperando que quem nos cerca aja com respeito, mantenha a ordem para viabilizar a com(vivência), tenha senso de justiça, gratidão e consideração. E assim só conseguimos frustração, irritação, dor e confusão.
Nos frustramos porque o que esperávamos não aconteceu. Nos irritamos porque nossas emoções e “valores” foram desrespeitados. Sofremos porque não sabemos como neutralizar tanta contrariedade. Por fim, projetamos o fato de não conseguirmos lidar com tudo isso para as pessoas – que muita vezes nada têm a ver com a causa dessas questões...Aí pequenos ou grandes problemas do dia a dia se transformam em válvulas de escape por onde extravasamos toda essa carga emocional. Somamos às pequenas frustrações problemas anteriores e mal resolvidos, que muitas vezes tem a ver com situações, de fato, mais sérias...Na sequência, depois de sentir decepção, frustração e irritação, sentimos uma angústia aniquiladora, que parece minar nossas forças por nos deixar um grande sentimento de impotência e desorientação como “presente”.
Assimilado em um nível mais profundo, esse sentimento é vivido à exaustão e algo muito bonito acontece: toda a aflição se transforma em reflexão. As paixões vão pouco a pouco saindo de cena, para dar lugar a faculdades mais racionais e por fim a outra gama de sentimentos – muito mais nobres – como a aceitação do próximo e o perdão. E o mais bacana desse fenômeno é perceber que ele começa com uma premissa muito simples: compreender que o próximo pode ter limitações que o impedem de agir de forma justa, respeitosa, compassiva e por aí vai...Então, por mais legítima que seja a nossa revolta, ela perde o sentido de existir, já que percebemos que os primeiros errados somos nós mesmos, quando esperamos de alguém algo que essa pessoa não pode dar. E dessa clareza conhecemos o perdão, a partir de nós mesmos. A partir do exercício de perdoar a nós mesmos, vemos o quanto é simples perdoar o próximo.
Vivi todo esse processo – do começo ao fim – nessa noite e posso dizer que tive uma insônia das mais úteis e transformadoras. O alívio que se experimenta depois da aceitação e do perdão é algo que nem pode ser descrito de tão grandioso! Porque jogamos fora – de uma só vez – a frustração, a irritação, a dor e os conflitos. Por agora, só consigo resumir tudo isso com um choro que ainda brota dos meus olhos, carregado por uma emoção forte e feliz também. Espero refinar melhor esse turbilhão de descobertas para dividir com vocês.

Beijos

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tudo que há

Além da dor de cabeça,
da meta,
da dívida,
da dúvida,

Há vida
ar
Há luta!

Luta para permanecer
batalha para ser
conflito para estar
sacrifício para amar

Mas há também
sorriso ao chegar
e abraços ao partir

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Desarmamento já!

O trabalho me abduziu de tal forma que fiquei sem tempo de postar com a frequencia que gosto. No entanto, os últimos acontecimentos me fizeram refletir um bocado e cá estou eu de volta ao "Bate e rebate". Como já é sabido e sentido por todo o Brasil, vivemos o triste eposódio de ter crianças indefesas assassinadas, em plena escola - lugar onde, em tese, deveriam estar completamente seguras...Então, o absurdo desse crime deve nos ensinar algumas coisas. As lições mais imediatas que consigo vislumbrar, são duas: assimilar que somos todos sobreviventes, para sairmos da posição de vítimas passivas e fragilizadas - que nada podem fazer diante dessa realidade; assumir - com engajamento e urgência - a campanha pelo desarmamento definitivo no Brasil! Afinal, essa chacina deixa mais que claro os estragos que o acesso às armas podem fazer a uma sociedade já comprometida e tão devastada pela violência. Então, cada cidadão precisa se mobilizar em favor do desarmamento! Faça você também sua parte – converse com colegas de trabalho, familiares e amigos – mas não deixe esse assunto morrer como as crianças de Realengo!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Um trago de renovação para a MPB

Se as noites chuvosas de março lhe oprimem, diga adeus a esse sentimento e vá se emocionar de um jeito mais feliz com o show “Toma um trago e lava o coração”, liderado por Manoel Francisco. Para quem ainda não conhece esse artista, digo – sem medo de errar - que trata-se de um novo Caetano Veloso. Manoel me remete ao astro baiano porque, como ele, tem o poder de reinventar canções e dar a elas um brilho todo especial, conquistado através de acordes sofisticados, emoldurados por uma interpretação visceral de canções conhecidas e reconhecidas como boa música, mas cujas interpretações originais ainda não haviam exercido tamanho fascínio no público. Assim, do mesmo modo que Caetano reinventou Sozinho, música lançada por Peninha, Manoel surpreende com releituras de Somos iguais, Tango pra Tereza, Brigas, Súplica Cearense e outras. Devo dizer também que é impossível não se arrepiar com o passeio por clássicos, eternizados pelas vozes de Edith Piaf e Aznavour, como Non je n'ai rien oublié, Comme ils disent e La foule. Outro aspecto de peso na qualidade do que é oferecido ao público, é o tom intimista e até mágico que o espetáculo ganha, com poemas declamados entre uma música e outra. Tudo ambientado no aconchegante porão da Casa de Cultura Laura Alvim, espaço que quase funde o artista ao público. Tanto capricho justifica a direção com grife de Nana Caymmi. Não dá para perder! Serviço: Terças e quartas, às 20h30, na Casa de Cultura Laura Alvim, até dia 30 de março. Ingressos: R$30,00 / R$15,00 para meia entrada. Informações: 2332-2015.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Amor eterno!

Antecipei meu Carnaval particular em uma semana e o compartilhei com mais três amigos queridos. Gente que me conhece há tempo suficiente para saber que minha folia é feita por cumplicidade de verdade, coisa que a amizade nos dá. Em homenagem a esses amigos, falarei um pouco sobre uma das viagens mais divertidas da minha vida!
Malas despachadas, check in feito - começava ali a aventura de quatro amigos. Logo nas primeiras horas fomos presenteados com uma partida vencedora para nosso Flamengo, em pleno final de campeonato, conferida no telão da piscina. A vitória rubro negra e o início de nossa viagem foram coroados com o pôr do sol em plena Baia de Guanabara, enquanto o navio zarpava rumo ao nordeste do litoral brasileiro.
Todo o serviço foi perfeito do início ao fim - cuidado com as cabines, o entretenimento, a programação temática, o glamour das noites (de gala ou não), varandas desbloqueadas, que nos davam acesso livre entre as duas cabines. Enfim, poderia escrever bastante sobre a experiência da vida a bordo - coisa que gosto muito e repito pela terceira vez, mas prefiro destacar a troca humana que reforçou ainda mais laços de amizade tão felizes e preciosos para mim!
Afinal, é legal saber que vou envelhecer lembrando das piadas criadas de pronto, dos caldos enquanto tentávamos pegar onda (pela primeira vez, com pranchas de body board alugadas), do nosso quase afogamento naquela praia baiana famosa, do grande intercâmbio cultural com um casal europeu que passeou de jangada conosco, do cuidado mútuo uns com os outros e das insinuações hilárias sobre o tipo de relação que havia entre nós, vindas de boa parte dos passageiros e tripulantes...rsrsrs.
Felizmente, posso dizer - sem medo de errar - que o elo que nos mantém próximos é mais forte que muito casamento ou muitos romances que se vê por aí. O que nos aproxima é algo mais brando que paixões avassaladoras e - talvez por isso mesmo - mais constante e firme que elas.
Nosso amor é fraterno e eterno!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eterno Fenômeno

A aposentadoria de Ronaldo Fenômeno é assunto do qual eu não poderia fugir. Não, não sou fissurada por futebol. Ao contrário, me vejo muito distante desse universo. O que me motiva a falar do eterno Fenômeno é a atitude do craque fora dos campos. Muito embora os escândalos em torno de sua vida pessoal não tenham sido poucos, nunca vi na conduta do atleta algo que pudesse prejudicar terceiros. De certo, os "tropeços" morais desse homem prejudicaram tão somente ele mesmo...Portanto, o que fica dessa carreira é o belo exemplo da humildade, quando - desacreditado por todos - foi vitorioso na seleção dirigida por Luiz Felipe Scolari, a superação depois de voltas por cima diante de lesões graves, a bondade de suas ações filantrópicas e imensa dignidade de bancar as "chacotas da imprensa", usando palavras do próprio craque, quando o assunto foi seu ganho de peso. Vale lembrar que isso aconteceu por conta do hipotireoidismo, que jamais foi usado para justificar a briga com a balança, até porque Ronaldo só revelou o distúrbio agora!
Enfim, fica o exemplo de um grande homem! Exemplo no qual os jovens jogadores deveriam se inspirar! Porque de "animal", o mundo está cheio.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pacificada

Nos braços da paz
a alma refaz
lento, intenso,
leito, vão...

Nos braços da paz
Há tempo e tão mais
Há imensidão!

Nos braços da paz
cada um tem seu cais,
Seu barco,
sua embarcação

Nos braços da paz
sou irmão, mãe e pai
do meu perdão!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Natureza manda sua fatura

Essa semana fiquei profundamente entristecida com o lastro de destruição e morte em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Itaipava e adjacências. Como boa parte do Brasil, vi perplexa as cenas de resgates, destruição e dor. Alguns episódios, como o resgate de uma senhora e a morte de quase toda a família de um alto executivo da Icatu, se destacaram na imprensa. No entanto, o drama de mais de 500 mortos e mais milhares de famílias destroçadas pela catástrofe é silencioso ou, quando muito, lembrado por números - cada vez maiores - nos noticiários...
Por isso, encerro a semana torcendo para que a normalidade se restabeleça nos lugares atingidos e que tanta perda sirva, ao menos, para motivar as autoridades a repensarem a regulação e controle da ocupação de terrenos impróprios e mesmo mais suscetíveis aos efeitos das chuvas. Já é hora de encarar essa questão com a seriedade que ela merece!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Bônus de folia

Hoje cedo, soube que o Carnaval de rua carioca terá 465 blocos, em 2011!Essa quantidade representaria um excedente de 100 blocos, caso eles fossem distribuídos ao longo dos 365 do ano. Agora, imaginem no efeito caótico de tantos blocos desfilando apenas durante os poucos dias, no período da festa pagã?!
Não é preciso muito esforço para saber que o que era doce se acabou e que haverá mais caos que festa...
É por essas e por outras que engrosso o time dos que fogem da cidade e curtem um Carnaval Off, na boa e bem longe daqui!!!
Fui!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Agora vai!!!!

Primeira presidenta do Brasil; Fim do governo Lula; Início da "Década de Ouro" para o RJ. Há uma sorte de assuntos em pauta, mas já foram comentados e até mesmo analisados à exaustão de forma isenta ou apaixonada. Enfim, há blábláblá de todo o gênero e DNA sobre tudo quanto é assunto da atual conjuntura. Por isso, meu olhar se volta mais para dentro que para fora e vê uma inquietação diante do novo. Novo ciclo de 12 meses, 365 dias, novo ano...de novo! Como ele, se inaugura uma nova década e uma vontade - ainda maior - de reforma pessoal. Afinal, não foi só o país que mudou de governo. Juntos, mudamos todos - de tempo, de idade, de objetivos e sonhos. No meu caso, posso falar que os dois últimos se consolidam a cada novo dia, a cada amanhecer...
Vejo 2012 como o ano da mudança, da realização, da construção. Essa me parece a hora certa para tirar e pôr no papel o que precisa passar a ser concreto e o que precisa ser oficializado.
Cada sonho em seu terreno, cada um no seu quadrado, há tempo e espaço para todos. Há vontade e disposição de sobra! Há um longo caminho multiplicado em infinitas vezes os próximos 359 (e depois 365 - de novo) dias dois muitos e muitos anos!Que venham TODOS!!!!