quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Panela velha é que faz comida boa...

Mocinhos se alternam no horário nobre e lá está ele, reinando absoluto entre os galãs consagrados. José Mayer e sua série de personagens encantados e encatadores mostram que nem só de corpos atléticos vivem as mulheres. Nossos sonhos de amor são muito, mas muitos mais realizados por homens que já trocaram o “torque” e a “superpotência juvenil" por tudo de bom que a experiência pode agregar a alguém. Por isso, o curtido e charmoso José Mayer segue dando vida a personagens sedutores, que arrancam suspiros até mesmo de mulheres jovens, como eu.
Deixo os meandros da ficção para colegas descolados nela como apresentador e blogueiro Murilo Ribeiro e mesmo a colunista Patrícia Kogut, para fazer desse “caso de sucesso” uma ponte para a realidade. Afinal, a arte imita a vida e o amor de Marcos e Helena (mais uma...) nada mais é que um
belo reflexo do cotidiano.
Como a personagem de Taís Araújo, cada vez mais balzacas (ou quase) do mundo real abrem suas vidas e corações para homens mais velhos e experientes. Por que? Elementar, caro leitor, homens de quarenta em diante já não estão tão deslumbrados com a própria virilidade e, justamente por isso, reconhecem e veneram a poesia de uma mulher. Com o tempo, passam a contemplar nossa beleza perene (já que os quadris femininos sobressaem mais que os próprios músculos), entendem que toda fêmea precisa de proteção e, via de regra, exercem isso até nas coisas mais simples como abrir a porta do carro. Esbanjam charme, segurança e o mais importante: de forma inconsciente, vêem a juventude da parceira como uma fonte que revigora o corpo e alma deles. Isso nutre e estimula um erotismo amadurecido e latente, que resiste ao tempo e sobrevive neles da forma mais intensa. Por aí, já da para sentir o que esperar de um homem maduro....
Portanto, leitora, se você passou cerca de uma década desapontada com os babaquinhas de vinte e poucos e uns convencidos de trinta e alguns (de forma geral, anônima e impessoal), ouse e se lance aos braços de um cinqüentão grisalho e delicioso. Mas, se você ainda é uma mulher ciumenta e insegura, pare aí mesmo. Pois, só será feliz ao lado de um homem maduro se já tiver se livrado de preconceitos bobos e estiver muito segura das suas virtudes e do seu próprio poder de sedução. Para muitas mulheres, lidar com ex – esposas, filhos e todo o lastro do passado desses homens é uma fonte inesgotável de problemas.
Para quem tira essa parte de letra, no entanto, vale e pena ir em frente e se preparar para ver um homem experiente trazer a tona a majestade que existe em toda mulher. Deixe de lado o complexo de princesa e dê espaço para que esse homem faça de você uma rainha. E se, como eu, você tiver uma tremenda cara de Lolita, corra para o abraço e lembre-se daquela música que diz “panela velha é que faz comida boa”

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A paz invadiu o meu coração

O espelho tem duas faces e nossas almas, muitas facetas. Por isso, me identifico com coisas mundanas e outras nem tanto. Sou yin e também yang. E, a despeito dos meus cetismos, me vejo com um ser espiritual, que vive uma experiência material nesse mundo. Daí minha forte identidade com lugares onde reinam a natureza e nada mais. Nesses cantos inabitados ou pouco explorados pelo homem, sinto uma plenitude sem fim, uma paz incrível e, por isso, encontro espaço para ser eu mesma. Sem tirar nem pôr.
No último fim de semana experimentei essa plenitude outra vez, num lugar que ainda não conhecia, mas ouvia falar demais. Em Barra de Sana, um braço de Sana, deixei a natureza cuidar de mim, também cuidei dela e amei minha família como sei fazer e como nunca havia feito. Fui feliz e trouxe parte dessa felicidade para minha rotina, porque as experiências deixam marcas e às vezes sorrisos eternos de alívio e amor.
Que eu possa voltar muitas vezes nesse pedaço de paraíso e que faça do meu próprio lugar uma fração desse oásis, só de imaginá-lo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Há música para tudo na vida!

Para combinar com o climinha de introspecção do dia, selecionei o trecho de uma música do Moacyr Luz. "Coração do Ageste", entre outras coisas, fala da busca da própria alma e das mudanças de movimento e rumo, ditadas por esse encontro. Vale pela reflexão e poesia da letra.
E eu voltei no curso
Revi o meu percurso
Me perdi no leste
E a alma renasceu
Com flores de algodão no coração do Agreste.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Collo II, o retorno?

Tem muito machão dando “defeito” por aí, que o diga o governador do Mato Grosso do Sul André Puccinelle, que além de ter feito declarações publicas expondo seus desejos sexuais mais reprimidos, apelou para ofensa para reagir ao posicionamento do Governo Federal, feito através do Ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc.
Ao se ver prejudicado em seus interesses, André Puccinelli. disparou xingamentos, que nunca caberiam num protesto, nem tampouco serão reproduzidos aqui no “Bate e rebate”. Afinal, todos os grandes jornais brasileiros já o fizeram exaustivamente. Vale lembrar que a reação “malcriada” aconteceu porque o governo federal proibiu o plantio de cana e a instalação de novas usinas de álcool no Pantanal e na Bacia do Alto Paraguai, no Mato Grosso do Sul.
Com todo o bafafá, só tem algo a dizer: eu tenho M.E.D.O. de estar diante da possibilidade de uma nova versão de Fernando Collor, que sempre foi chegado a descer a ladeira e fazer política com ataques chulos, que nada tem a ver com os interesses públicos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Preserve o planeta e o seu patrimônio!

Por mil motivos as grandes cidades tornam-se cada vez maiores, a cada ano. Uma das conseqüências mais imediatas desse “inchaço” eterno é o trânsito caótico, piorado por um culto ao “reizinho de quatro rodas”(me refiro aos carros de passeio).
Diariamente, um montão de gente põe seu bloco na rua enquanto o a poluição avança e o planeta grita por um novo direcionamento e opções mais ecológicas e inteligentes para o deslocamento em grandes centros, que já deveriam ser os transportes de massa.
Nesse caminho, sobram problemas sérios de infra estrutura, (in)segurança pública e má qualidade dos transportes públicos – no Rio de Janeiro e em muitas outras grandes cidades, mundo afora.
Diante dessa conta que não fecha, o Rio de Janeiro participará amanhã, pela primeira vez, do “Dia Mundial sem Carro”, movimento que tem por finalidade motivar a população a usar mais a bicicleta e os meios de transporte de massa ao invés dos carros de passeio, para o deslocamento urbano.
O movimento surgiu há onze anos na Europa e só agora chega em nossa cidade...Enfim, antes tarde do que nunca, é fundamental dar ao assunto a importância que ele merece.
Andar de ônibus, trem, metrô e bicicleta é ecologicamente correto, diminui consideravelmente o caótico transito das cidades e,de quebra, evita o desgaste precoce do seu patrimônio. Amanhã e em todos os dias, use menos o seu carro. O planeta agradece!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Entre o comércio e a arte

Falar de moda nunca foi o propósito principal do “Bate e rebate”, mas acho que a novidade justifica a exceção dessa postagem. O também blog da grife Farm acabou de publicar uma notícia dando conta do lançamento de um ranking mundial dos blogs de moda mais respeitados do mundo.
A indicação é bacana porque funciona como um satélite, refletindo tendências mundiais de moda, somado às peculiaridades de muitas culturas diferentes, já que o ranking reúne blogs de cantos distintos do mundo.
A riqueza dessa colcha de retalhos e toda a reflexão advinda da criação das coleções e tendências derruba o vazio do consumo e faz da moda uma forma de comunicação. Além disso, há que se prestigiar as brasileiras, que marcaram presença nessa seleção. Falo da já conhecida, Érika Palomino e sua equipe.Parabéns para as moças!
Espero que gostem: http://www.signature9.com/style-99

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eu preciso aprender a só ser

O Brasil acaba de participar de mais uma edição de um curioso fenômeno de mobilização, em torno de mais um desfecho de novela do horário nobre. Nada recente, essa incrível paixão pelas novelas tem o mérito de conseguir o que nenhuma eleição presidencial, plebiscito ou processo de privatização conseguiu até então: emocionar, fazer refletir e motivar um debate quase filosófico (rsrsrs) entre as pessoas.
Sou impotente demais parar entrar no mérito do quanto isso é prejudicial ou benéfico para a sociedade. Prefiro aproveitar o fim desse fenômeno para também refletir sobre a passagem da trama que mais me impressionou. Entre outros lances, o que realmente ficou do capítulo exibido na sexta – feira e reprisado no sábado foi o “renascimento” do personagem interpretado por Lima Duarte. Idoso e temeroso em relação à própria morte, o homem se impôs uma peregrinação, com a finalidade de se despojar de todo o conforto material, para aprender a viver consigo mesmo e, finalmente, conquistar a paz diante do “fim” iminente.
Você pode se perguntar: qual poderá ser o benefício em viver mendigando cada refeição, numa peregrinação desconfortável rumo ao nada?Até a minha cabeça ocidental
reconhece como agregaria viver essa experiência, porque é evidente que qualquer um que se submeter a isso vai aprender a viver com o essencial. O que, por si só, já é uma tremenda vantagem, muito realçada pelo nosso modo de vida capitalista. Por conseqüência, passa a existir uma tendência natural de dar importância ao que de fato importa – a serenidade, autoconhecimento e a saúde. Desse modo, cria-se também um ambiente para a coerência: o sujeito para a ser dele próprio e a agir pautado apenas pela sua verdade. Nenhum fator externo, nem mesmo ninguém tem o poder de interferir nesse processo.
Acho que eu não seria capaz de renunciar a tudo para me lançar nessa experiência, mais ainda numa fase da vida em que, mal ou bem, todos os valores cultivados ao logo dos anos ficam ainda mais marcados na personalidade. Mas espero que outras experiências menos definitivas e mais leves possam dar conta desse propósito tão nobre e útil. Tomara que dentro de alguns anos eu tenha oportunidade de empreender essa tentativa. Mundão, me aguarde!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Entulhos?

"Muitas pessoas têm a expectativa de que basta ligar para a prefeitura para que moradores de rua sejam retirados de um local, como se fossem entulhos, para o alvoroço de todos aqueles para quem o problema real não é a pobreza, mas apenas o incômodo de ter de conviver de perto com ela"
Esse é um trecho do artigo de Ignácio Cano, publicado hoje pelo jornal O Globo. Destaquei e repliquei aqui no "Bate e rebate" porque a reflexão me deixou arrebatada. E, honestamente, acredito que muita gente também deve ficar pensativa com ela.
Motivos? Falando por mim, por mais humanista que me considere, admito que ainda não pensei sobre um assunto de tanta gravidade, com a seriedade e considerações que ele merece.
Não, não, leitor, eu não vivo na ilha da fantasia e no meu próprio bairro há um índice considerável de moradores de rua amontoados "como se fossem entulho", como bem disse o Ignácio Cano.
O que me afastou dessa questão foi minha vista cansada, meu olhar anestesiado por atrocidades que, de tão banalizadas, deixam de nos sensibilizar.
Como disse não pensei nada sobre isso - ainda. E você, leitor, o que te passa pela cabeça e coração ao ver pessoas vivendo com entulhos?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

09/09/2009

O povo chines vê esses noves como um bom presságio e traduzem essa seqüência numeral como "eternidade".
Traço de uma cultural oriental, banalidade ou verdade?Vai saber...
Acima de qualquer predisposição e tendência, experimento a calma da segurança, a tranqüilidade plena e isso é bom e confortável.
Como? Faça o exercício de olhar tudo com alguma isenção, uma boa dose de imparcialidade e - sempre - tente se colocar no lugar do outro.
Desse jeito todo o juízo de valor é mais justo, menos intransigente e mais humanizado. Afinal, regras, leis e convenções devem, antes de tudo, servir a humanidade. Longe desse propósito são "verdades" amontoadas e inúteis...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Para os homens e mulheres da minha vida

Contas a pagar e compromissos de trabalho nos empurram para um quotidiano ordinário, onde até as paisagens cariocas passam incólumes diante de nossas vistas cansadas. Que o diga o contato com amigos e todos os outros gestos que deveriam ser corriqueiros e acabam se tornando eventuais...Pensando nisso, fiz do meu último aniversário um pretexto perfeito para reencontrar alguns homens e mulheres da minha vida: meus poucos e bons amigos. Amigos antigos e recentes, que vieram de perto e de longe, encararam trânsito, cansaço pós trabalho, fila na porta e longa espera em nome da amizade que nos uni (e de alguns gorós também...rsrsrs).
Na última noite vive momentos felizes e emocionantes, que só reafirmaram a riqueza desses elos e a força de relações que eu prezo tanto.
Conversas animadas, aditivo etílico de boa qualidade, piadas, além do conforto de lágrimas honestas que lavam e levam a saudade embora de vez! Amo vocês!!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tchau, inferno astral

Uma semana vivendo como “sem teto”, descupinização, montagem de armários, brigas, chororô e lavação de roupa suja. Depois dessa seqüência só me restava rever meus conceitos e acreditar em “inferno astral”...Balela ou realidade esse período turbulento acabou de acabar!!!
Estou de volta ao lar, doce, lar. Já posso dar adeus aos malditos cupins, desencaixotar minha casa, curtir a cozinha nova e deixar as brigas no passado. Amém!