terça-feira, 14 de junho de 2011

Um fantasma que não assusta

Muitas pessoas lamentaram a solteirice, durante último domingo. A data já passou pelo nosso calendário, mas ainda é repercutida. Menos pelo comercial “Dia dos Namorados” e mais pela “dor” que o dia 12 provoca em muitos, dou um espaço a esse assunto por aqui.
Sinto que a ideia da plenitude é mais interessante quando associada à independência, que aos romances. Não pensem vocês que não acredito no amor – pelo contrário: amo e pretendo amar sempre. Mas, acima de tudo, entendo que qualquer relação não deve receber o peso ou a responsabilidade de me fazer feliz – porque disso, trato eu mesma. Como eu, todo ser humano nasce completamente capaz de ser feliz por si só. Então, se somos felizes com a nossa própria conduta, com a profissão que escolhemos, com o lar que habitamos, nada nos falta! Assim, somos todos potencialmente completos e as relações afetivas cumprem um papel acessório e não fundamental para nossa felicidade. E aí, diferente do que parte da sociedade ainda acredita e daquilo que o comércio prega, laços afetivos e “compromissos” de qualquer espécie apenas complementam, mas não completam nossas vidas.
Embora eu ouça muitas histórias que comprovem isso, prefiro falar por mim, pela minha própria experiência. No terreno da primeira pessoa, digo que depois de ter assimilado esse entendimento do quanto somos plenos, todas as relações que mantenho ficaram muito mais ricas: laços com família, amigos e namorado encontraram o ponto do amor genuíno – aquele que simplesmente existe, sem estar condicionado a qualquer dependência. Amo porque amo: tenho afinidades, admiração e afeto. E como é bom amar assim! Porque embora eu tenha a clareza do quanto todas essas relações colorem e perfumam a minha vida, também sei que minha existência é algo que segue feliz e independente de cada um desses elos. Assim, tudo fica mais leve, mais saboroso! Deixamos de nutrir certas expectativas em relação às pessoas, conseguimos exercitar o desapego, conseguimos nos doar mais para todos e diminuímos um pouco a distância entre a atitude dependente e a atitude altruísta.
Por isso, lhe digo: se você tem ou não um namorado(a), lembre-se sempre que o primeiro o último amor da sua vida será o amor próprio

;-) !


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