sexta-feira, 16 de julho de 2010

A vida moderna é um saco!

Minha geração é mesmo de transição, mas confesso que não estava preparada para dar adeus aos sacos plásticos. Coisinha às vezes chata, mas sempre útil, o saco plástico se popularizou há menos de trinta anos e nesse espaço de tempo se consolidou como instituição na indústria, comércio e até nos lares brasileiros. Portanto, a lei que impõe a redução do uso dos sacos cava a morte breve desse ente querido (rsrsrsrs), como se lhe desse um diagnóstico de doença gravíssima.
A sobrevida dos saquinhos só será útil para pensar em como substituí-los no momento das compras, nas lixeiras domésticas e em tantas outras situações em que o levinho tornou-se indispensável. No vácuo de ausência iminente, já enxergo um cenário mal cheiroso e desesperador. Bolsas retornáveis manchadas por ovos quebrados, sujeiras impertinentes causadas por resíduos de carnes, legumes e verduras. Esses e muitos outros restinhos maculando as ruas e espaços públicos, que hão de padecer com a coleta apressada – da Comlurb.Até porque nem todos poderão comprar saquinhos próprios para lixeiras, que passarão a custar muito mais caro depois do sumiço dos saquinhos de supermercado...
O outro problema: como carregar compras de mês, já que elas não caberão em eco bags? Supermercados já adotaram as caixas de papelão, coisa que nos exige ir às compras de carro ou taxi. Enfim, um tiro que sai pela culatra e faz de uma pretensa solução ambiental, mais um problema. Afinal, estimular o uso de carros é tudo que qualquer autoridade e cidadão responsável deve evitar. Como se vê, a vida moderna é um saco (com trocadilho)!

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