segunda-feira, 12 de julho de 2010

Uma mulher é morta a cada 24h no RJ

E outras nove são mortas em outros estados da federação, durante as mesmas 24h. Em maioria, os crimes são cometidos justamente por pessoas que deveriam proteger as vítimas - maridos, namorados, companheiros. Esses mesmos, quando não se conformam com o fim do relacionamento e/ou independência das mulheres, se transformam nos responsáveis majoritários por esse dado impressionante. Anônimos e famosos, como o goleiro Bruno, protagonizam histórias que só denunciam a natureza primária de uma sociedade machista. A pior parte desse enredo, tão conhecido, é a banalização e pouco caso da justiça. Antiquada e vencida, essa respeitada instituição usa parâmetros engessados para incluir as vítimas de agressões e maus tratos em programas de proteção. Um exemplo emblemático disso foi dado pela juíza Ana Paula Delduque Migueis Laviola de Freitas. Meses antes de ser morta, a jovem Eliza sofreu violência do mesmo algoz que "providenciou" sua execução, por isso recorreu à polícia. Quando Eliza Samúdio solicitou proteção especial, a juíza Ana Paula Delduque Migueis Laviola de Freitas indeferiu o pedido, argumentando que a vítima não constituia com Bruno relação familiar, afetiva ou doméstica e por isso não poderia gozar desse benefício. O resultado é conhecido por todos e amplamente divulgado pela imprensa: Eliza foi brutalmente, raptada, torturada e assassinada - por encomenda de Bruno, como indicam as investigações. Até quando a Justiça vai funcionar dessa forma?

Um comentário:

Taty Bruzzi disse...

Nem me fala, Raquel. Tô tão enojada com essa história...

Bjs,

Taty!