sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Com bênçãos da matriarca

Tive uma semana pesada, cheia de trabalho, pequenos e grandes problemas para administrar. Poderia estar mal humorada e chateada, mas minha sexta –feira começou - e continua – muito feliz! Na última madrugada sonhei com a minha querida avó materna, a vovó Amália. Ela é uma espécie de entidade para toda a família. Pois, embora ela já tenha falecido há alguns anos, pairam sobre nós os ecos dessa existência perene e fundamental para nossa história familiar. Porque a D. Amália teve – e tem - uma influência inquestionável para cada um de nós do clã Buscapé.
Enfim, pensar nela é bom e sonhar com ela, ainda melhor! Por conta desse meu sonho lindo, amanheci emocionada, radiante e feliz demais, me sentindo abençoada e protegida pela sabedoria e legado daquela velha senhora. Crente de que somos - todos nós – capazes de conquistar qualquer coisa, assim como aquela mulher tão humilde, mas grandiosa foi capaz!
Aos que não conhecem a razão da minha extrema devoção e gratidão àquela velhinha, explico que tenho mil motivos para sustentar esses sentimentos, mas destaco alguns deles: de tudo que a D. Amália me ensinou, o que mais apreendi da sua longa existência (morreu aos 96 anos!) foi a incrível determinação e inacreditável altruísmo e senso de coletividade dessa querida matriarca. Pois, ao longo de sua vida, ela perseguiu seus sonhos e se esmerou para dar aos filhos um mundo de possibilidades e fez isso, sacrificando a vaidade pessoal, pequenos e grande prazeres da vida e noites de sono. Pela família, ela foi uma legítima máquina, que trabalhava, trabalhava e trabalhava e, sobretudo, projetava para os seus possibilidades e sonhos quase impossíveis diante da realidade em que viviam.
Quando me perguntam a que religião pertenço, tenho orgulho de dizer que a minha Deusa é a vovó Amália. Sou fiel à boa parte dos preceitos morais que ela defendia, à incrível coragem que ela esbanjou por toda a vida e à fantástica capacidade de sonhar – e realizar dessa mulher – personagem!
E, de tudo que vivemos juntas, só lamento nosso timing não ter sido compatível para eu dizer que lhe amava, que lhe amo, que lhe amarei por toda a vida!Porque, quando amadureci o suficiente para dizer isso a alguém, ela já não estava mais lúcida...Mesmo assim, sinto que esse sentimento vai chegar até ela, de algum modo.
Por fim, encerro esse relato com as bênçãos da matriarca, com a lembrança de um sonho que vou eternizar, enquanto eu viver!

Um comentário:

Anônimo disse...

Linda lembrança da querida guerreira. Saudades!