quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Na morte, o renascimento da amizade

Dia ensolarado, humor cinza. Rostos conhecidos e calados pela situação. O que dizer diante da morte? O que falar para quem perdeu alguém que amava? Sem comentários e com mil emoções no peito, caminhei impotente em direção ao amigo. Mais que a dor pela perda dele, senti uma comoção absurda por reconhecer a amizade de uma turma querida, que mesmo afastada pela vida, fez do afeto e da consideração manifestações fortes de amizade. E isso me tocou profundamente...
Durante toda a cerimônia fúnebre, me coloquei no lugar daquela família e imaginei a dimensão da dor e “todos” os danos causados por uma ausência definitiva e pregnante, que é a morte. Entendi que não teria condições de suportar isso nesse momento e implorei às forças divinas que poupassem disso por enquanto...
Nesse contexto de tristeza, o contraponto ficou por conta da lealdade das pessoas que, só nessas horas, mostram mesmo que são amigas. Uma década depois, foi emocionante ver nos rostos marotos do cenário acadêmico, pessoas de atitude solidária e amadurecida. Foi confortável e bonito ver amizades projetadas e consolidadas pelo tempo, fortalecidas pela alegria e pela tristeza, quem nem a morte separa.

3 comentários:

Rodrigo Caixeta disse...

P-E-R-F-E-I-T-O! Descreveu realmente — e com muita emoção! — tudo o que vivemos nesta manhã. E viva a nossa amizade!

Taty Bruzzi disse...

Lindo post, Raquel. A sensação e experiência de perder alguém querido é realmente uma das mais tristes que possa acontecer. Esse ano, além de meu padrinho, perdi uma das pessoas mais queridas e importantes da minha vida: meu avô. E num momento como esse, em que temos de ser fortes para ajudar a fortalecer nossa família, é muito mais doloroso se ver só. Não ter alguém de fora em quem apoiar. Aconteceu comigo e não desejo à ninguém.

Bj gd,

Taty!

Bruna Maiorano disse...

Oi Raquel, seu vestido ficou pronto ok. Ficou lindo!!!! Essa semana te ligo.
Bjs