sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Preparando o terreno

Nunca acreditei em crise disso ou daquilo, porque acho que qualquer crise tem motivações individuais e singulares. Sempre entendi que “crise dos sete anos (no caso de um relacionamento)” é uma balela. Sempre questionei aquela coisa de “crise da meia idade”, “crise da maturidade”. Enfim, sempre achei tudo isso uma forma equivocada e pretensiosa de rotular os conflitos alheios, como se fosse possível mensurar a dor e as motivações das pessoas, com precisão.
Ainda penso que “batizar” a crise alheia (e até as próprias) é um jeito simplista e equivocado, que se aproxima mais do lugar comum e menos do esclarecimento e superação de qualquer problema. Mas, me rendo à psicologia ou sei lá quem que descobriu a chamada “crise dos 30”. Ainda não sou balzaca, mas me aproximo das três décadas de vida e já sinto um incômodo, que tem muito a ver com essa crise tão badalada...
Felizmente meu mal estar não tem nada a ver com a noção (questionável e equivocada) de “velhice”. Ao contrário de muitas amigas contemporâneas, me sinto plenamente jovem e os efeitos do tempo não me incomodam em nada.
Em contrapartida, dei um nó na cabeça, por conta dos questionamentos que resolvem surgir do inconsciente de repente, sem aviso prévio.Aí, é um tal de “se”. “Se tivesse feito isso e não aquilo”...Conjecturas e crises à parte, meu olhar otimista ainda se alegra, pois parece que a tempestade de reflexões é abre alas da verdade, que chega nua e crua para bater a porta da consciência. Mal ou bem, a lucidez já é uma conseqüência incrível de tudo isso. Que a luz abra as portas para a verdade e apronte o solo para a razão!

Um comentário:

Fabio Machado disse...

Fala sério, Raquel ! Essa crise só começa quando se tem no mínimo 29 anos, o que não é o seu caso. rs

Esse monte de 'ses' que você está se fazendo representam alguma outra crise que você não acreditava ! rsrsrs


Beijos,
Fabio.