terça-feira, 25 de agosto de 2009

Convergência

“Disposição de linhas, raios luminosos ou elétricos,elétricos que se dirigem para o mesmo ponto;Tendência de várias coisas para se fixarem num ponto ou se identificarem”
Essa é a definição literal de convergência e esse post, uma tentativa de acionar a tecla SAP do discurso intrincado e truncado que rola nas academias e em Brasília, em pequenas rodas e ilhas do poder, respingado aqui e ali na cobertura política da imprensa sobre a convergência e a forma como vivenciamos essa revolução.
Fazer o patchwork das informações, novidades e previsões da “conjuntura convergência” é a forma mais simples de entender esse cenário. Olhar o cotidiano sócio – cultural brasileiro pelo retrovisor do tempo, vendo o passado recente - 40 anos marcam o início da grande revolução da convergência tecnológica brasileira - dá sentido ao que se vê no presente e nos faz vislumbrar um futuro próximo, onde uma só infra-estrutura de tecnologica vai prover serviços que, antes, exigiam equipamentos, canais de comunicação, protocolos e padrões próprios e independentes.
Nesse exercício, vou tomar como exemplo o “velho” telefone fixo, que no início desse processo foi até símbolo de status social e uma forma de investimento (em 1969, uma única linha telefônica custava até US$ 6mil*). Na carona do tel, se vê que muito mudou. Hoje, telefones operam junto
dos computadores, no embalo das multifunções e da internet. E isso já incluí o filhote super pop do telefone fixo, a majestade o celular.
Sobre os “pequenos notáveis”, vale lembrar que de 1998 para cá, vivem os tempos das grandes ofertas, popularização crescente e o mais importante: a inclusão social!!!
E então chegamos na cereja desse bolo. Afinal, convergência, tecnologia e todo direcionamento desses incrementos, só faz sentido se convertido para a viabilização do progresso e para o bem estar social.
Para ver o que a tal da convergência representa no Brasil, vamos ao dados (até maio de 2009, segundo o IBGE):
Telefones fixos – 41,6 milhões de acessos;
Telefones móveis – 159,6 milhões de acessos;
TV por assinatura – 6,7 milhões de acessos;
Serviços de comunicação multimídia (dados, voz e imagem) – 12,1 milhões de acessos.
Os números só corroboram a “tendência convergência” e o que diz o estudo divulgado pelo Insat. Segundo o instituto, as aplicações de convergência entre aparelhos fixo – móvel, tem tudo para se tornar realidade no meio corporativo, com previsão de aumento do número de aparelhos preparados para a tecnologia de 5,8 milhões, em 2008, para 31 milhões, em 2013. Caviar exclusivo para as empresas? Não! Mais um sinal de que tal da convergência veio para ficar e modificar o dia a dia das pessoas. O que dizer da internet, que em 1991 chegou ao país para servir exclusivamente ao meio acadêmico e hoje já flerta com a inclusão digital total, onde escolas públicas e áreas rurais participam da festa?
Para os mais céticos, voltemos então para o retrovisor *:

Em 1969, existem 1,8 milhão de telefones fixos no país e a ligação internaconal pode levar até 24h (!) para ser completada;

Em 1970, a TV brasileira se consolida com a chegada da tv em cores e do videoteipe. Hoje, a tv está 97% dos lares;

Em 1972, é criada a Telebrás e os planos de expansão ainda não são suficientes, as filas nos “orelhões” grandes e constantes;

No final dos anos 80, o computador é artigo de luxo. Quase 20 anos depois, já é realidade em 22,1% dos lares brasileiros;

Na década de 90, chega a tv por assinatura. Em 2009, 467 cidades têm acesso ao serviço;

A Telebrás é privatizada em 1998. Os celulares deslancham e hoje somam mais de 150 milhões de linhas ativadas;

O acesso à internet de alta velocidade existe, hoje em mais de 13% dos lares e a terceira geração do celular revolucionam o comportamento do brasileiro nos anos 2000. O governo lança programas de subsídio à compra de computadores e à banda larga nas escolas;

Em dezembro de 2007, é lançada a tv, com promessa de interatividade e de imagem de cinema.


*Arquivo do jornal O Globo; Fontes já citadas: IBGE e INSAT

Um comentário:

Bel disse...

Raquel, muito bom! Você é operária das letras mesmo! rs
Bj
Bel