terça-feira, 21 de abril de 2009

E.T., minha casa....

Quem me conhece sabe que sempre me vi como um E.T. Um indivíduo que vive um processo de estranhamento constante por não se identificar com as coisas e com a maioria das pessoas. A cada vez que me aproximo do “ser humano” , confirmo essa impressão.
Não sei por que cargas d’água , depois de interagir com os terráqueos por quase 28 anos, ainda me surpreendo com o fenômeno da má educação....Parece que o festival de grosserias, indelicadeza, estupidez, falta de civilidade e até de educação não consegue arrefecer meu jeito “gente inocente de ser” e, por isso, ainda alimento expectativas de lidar com pessoas minimamente civilizadas. Doce ilusão!!!!
Nas ruas, em transportes coletivos, na portarias dos prédios em que moro ou trabalho, no trânsito, em filas de portos, aeroportos, rodoviárias e até no sagrado lar, o risco de encontrar um “cão feroz” é grande. Hoje mesmo, atendi ao telefone e fiz um grande esforço para não mandar a interlocutora para PQP. A conhecida distante me liga e tem o desplante de perguntar num tom bem altivo: “Quem está falando?”. Ora, quem liga para casa ou telefone celular de alguém é que deve se identificar ou no, máximo, pedir “por favor” para falar com fulano(a)... Quando ouço essa pergunta atravessada, me apresso em devolver a questão - no mesmo tom.
Uma hora depois fui ao mercado e ....bingo!Ouvi uma gracinha de uma caixa mal educada e mal treinada. Inadvertidamente, entrei em uma fila que é preferencial para idosos, a funcionária do supermercado poderia ter me orientado numa boa, mas achou que estava na própria casa, onde ela deve estar habituada a apanhar do marido e fez o ”esforço” para “só” me tratar com ironia, dizendo “minha querida, esse caixa é para idosos!!!”, como quem camufla um palavrão....
As pessoas praticam a grosseria tão freqüentemente, que só sabem lidar com ela. Mesmo assim, fiz um esforço para manter o “nível” e dizer para a D. Irônica que se qualquer idoso estivesse atrás de mim, eu daria vez imediatamente. Não satisfeita, antes de me atender, a mesma funcionária insistiu no recado desaforado. Virei bicho, exigi que ela retirasse a ironia da conversa e falei poucas e boas. Afinal, só tem respeito, quem respeita!
Aporrinhada, parti para a locadora e peguei tantos DVD’s quanto um dia de feriado, com algum trabalho em home office permite e corri para casa, onde posso “autistar” numa boa.Bom feriado para você!

Um comentário:

Fabio Machado disse...

Faça a sua parte, concentre-se em você mesma ! Se sobrar energia para dar o exemplo para os outros... depois você decide o que fazer.

Fica bem !

Beijos.