quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O dever e o prazer de todo dia

Se a maior angústia humana é entender ou encontrar o sentido da vida, agradeço a Manoel Carlos por ter me dado as coordenadas...Em recente artigo assinado pelo autor, a tese simplista, porém certeira, de que a arte, o exercício criativo e o trabalho são as causas que justificam a existência foi corroborada. Para defendê-la, o amante do Leblon usou exemplos de artistas – expoentes, que viveram em função da arte. Um deles foi Cândido Portinari. Por conta dos efeitos nocivos do chumbo que havia em algumas tintas, Portinari foi proibido de pintar para preservar a saúde, já fragilizada pelo tempo e doenças. O veto, em si, foi a sentença de morte mais contundente que a própria doença. Afinal, sua força vital estava na arte, no exercício de criar. Sendo assim, Portinari retomou suas obras, para retomar a própria vida, ou melhor, o único modelo de vida que considerava legítimo.
Longe da grandeza artística, histórica e cultural de Portinari e perto da vida anônima que segue, transporto o exemplo para o nosso plano e comemoro a lembrança de pessoas realizadas com o que fazem. Essas, de fato, parecem entusiasmadas quando falam de trabalho, vivem criando novidades e ficam saturadas de férias longas...Afinal, para que o tanto ócio quando o dever é um prazer?

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi amiga!
Obrigada pelo carinho. Adorei a "dedicação". Somos duas realizadas. E acho que nosso amor pelo que fazemos nos colocou em sintonia. Afinal, não é por acaso que começamos um trabalho no dia do nosso aniversário. Mal nos conhecíamos e "Parabéns pra você...", ops, não teve o parabéns porque não deu tempo rs. Quase um ano depois. Sem trabalho, mas ganhei o mais importante: uma grande amiga. Raquel, continua sendo sempre como é, especial. Você é corajosa, inteligente e sabe conquistar seu espaço. Com certeza umagrande jornalista e escritora. Não bebe, mas da redação tomou uns "traguinhos" e não tem mais jeito. Tamo junto, amiga.
Te adoro.
Flavia.

Unknown disse...

Puxa, Raquel...brigadão pela dedicatória. Sem dúvida, eu me sinto um cara abençoado por ter a oportunidade de fazer aquilo que me dá prazer. É muito bom saber que nossa energia está se traduzindo em alegria e realização.
Bjão!