Eleições municipais teceram meus últimos e espaçados comentários por aqui. Quero arejar esse “samba de uma nota só” com um post pretensioso por duas razões: é auto- referente e tem ambição poética... Mesmo com a terrível e dupla vaidade que inspirou sua criação,recomendo a leitura. Ainda mais se for lunático(a) como eu.
Intervalo
Se a razão fosse meu aporte,
Não pesaria a dor desse intervalo
Seu cheiro no meu braço
e esse ar que respiro agora
Se a razão fosse o meu norte,
Seria vã minha aflição
Seria inútil a amplidão desse arroubo
Não seria enfim...
Se a razão fosse o meu chão,
Não seria tão grande a vontade de lhe ouvir e ver...
Não sentiria infinito o desejo de me perder...
Para me achar
Não estaria entregue à angústia desse intervalo,
E nem daria um grito de renúncia
Não fugiria desse instante, nem abandonaria meu melhor momento
2 comentários:
Bacana o texto, Velma!!! Sensível e verdadeiro. Quem nunca passou por esse "intervalo" que atire o primeiro lenço molhado!!!rs...
Bj!
Verdade, Mumu...Beijos
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