Nos últimos dias, sem qualquer motivo concreto, interrompi várias noites de sono, fiquei entediada por muitos momentos, tive pesadelos, fiz faxinas, lavei louças e roupas desesperadamente. Acho que, inconscientemente, limpar tudo que via pela frente representava alguma esperança de me livrar de subterfúgios inúteis. Exorcizar todas as coisas de importância nula, que buscamos para preencher nossas lacunas.
As tentativas de “substituição” são muitas. Todo o seu “fantástico mundo” entra na lista. A arrumação da casa, o livro cuja leitura ainda estava pendente, a conversa com uma amiga, um jantar com as meninas da Confraria do Garfo, uma conversa ao telefone, tudo o que é habitual ganha um peso muito além do merecido...
Quando o disparate fica claro e as “atividades” se esgotam, sobram dúvidas e interrogações. Cresce a sensação de estar desnorteada, vazia e sem rumo. E tudo o que fez ou faz na vida perde o sentido. Escolhas antigas e recentes, objetivos, metas e sonhos perdem, repentinamente, a importância. Porque, afinal, se descobre que tudo o que a humanidade inventou – as coisas que “dignificam” a existência, as parcerias, as relações, os “sonhos de consumo”, as coisas que agregam “status social”, tudo enfim, não passa de um esforço desesperado para aplacar nossas pulsões, nossos desejos e, sobretudo, nosso estado de insatisfação diante da vida.
Acho pretensioso imaginar que há algum sentido real nessa aventura errante de existir, mas vejo – com clareza – que nossos desejos e angústias são fugas de nós mesmos. Porque não há nada mais pleno que as respostas que moram em cada singular coração. Nenhuma “comproterapia” substitui a sensação de perceber que certas buscas frenéticas devem obedecer outro vetor...
A felicidade não está no carro que a indústria quer que eu compre, no vestido que custa uma fábula, no bilhete premiado, em qualquer tipo de relacionamento ou nos “demais”. O bem – estar, a famosa “paz”, se esconde numa filigrana da própria alma e eu vou tentar encontrá-la.
As tentativas de “substituição” são muitas. Todo o seu “fantástico mundo” entra na lista. A arrumação da casa, o livro cuja leitura ainda estava pendente, a conversa com uma amiga, um jantar com as meninas da Confraria do Garfo, uma conversa ao telefone, tudo o que é habitual ganha um peso muito além do merecido...
Quando o disparate fica claro e as “atividades” se esgotam, sobram dúvidas e interrogações. Cresce a sensação de estar desnorteada, vazia e sem rumo. E tudo o que fez ou faz na vida perde o sentido. Escolhas antigas e recentes, objetivos, metas e sonhos perdem, repentinamente, a importância. Porque, afinal, se descobre que tudo o que a humanidade inventou – as coisas que “dignificam” a existência, as parcerias, as relações, os “sonhos de consumo”, as coisas que agregam “status social”, tudo enfim, não passa de um esforço desesperado para aplacar nossas pulsões, nossos desejos e, sobretudo, nosso estado de insatisfação diante da vida.
Acho pretensioso imaginar que há algum sentido real nessa aventura errante de existir, mas vejo – com clareza – que nossos desejos e angústias são fugas de nós mesmos. Porque não há nada mais pleno que as respostas que moram em cada singular coração. Nenhuma “comproterapia” substitui a sensação de perceber que certas buscas frenéticas devem obedecer outro vetor...
A felicidade não está no carro que a indústria quer que eu compre, no vestido que custa uma fábula, no bilhete premiado, em qualquer tipo de relacionamento ou nos “demais”. O bem – estar, a famosa “paz”, se esconde numa filigrana da própria alma e eu vou tentar encontrá-la.