quarta-feira, 31 de março de 2010

Impotência

Mais que impunidade, o brasileiro parece viver em estado de constante impotência em relação aos incontáveis escândalos de corrupção e à conduta “torta” dos políticos. Esses parecem cada vez mais comprometidos com os objetivos pessoais, enquanto se afastam do compromisso que os levou ao poder: defender os interesses do povo. Enfim, nesse oceano de falcatruas e eternas pizzas, a grande revanche parece ter surgido de um site muito irreverente. O “Museo da Corrupção” (http://www.dcomercio.com.br/muco/). A invenção reflete a enorme descrença em nossos errantes representantes e mantém vivos os casos de corrupção mais recentes e/ou importantes do país,ao mesmo tempo em que oferece ao cidadão um espaço para, pelo menos, exorcizar sua revolta impotente. Além de tudo, essa iniciativa premiada pelo “Prêmio Esso 2009”, na categoria “Melhor Contribuição da Imprensa”, é um belo exemplar de site bonito e facilmente navegável. Vale a visita!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Perfume Latino América

Depois de um ano inteiro de trabalho, fiz uma pausa e embarquei em um cruzeiro para relaxar um pouco. Dividi minhas férias com velhos e novos amigos, pessoas que tive o prazer de re - conhecer e conhecer durante essa viagem entre Santos, Punta Del Leste, Buenos Aires e Montevideo, cidades que me atraem especialmente entre tantas opções incríveis que a América Latina nos dá. Enfim, posso dizer que amei estar em Punta novamente, me emocionei demais por uma nova experiência nesse contato com a européia Buenos Aires e que tudo nessa viagem foi perfeito. O conforto de estar entre pessoas camaradas, a leveza de se afastar um pouco das responsabilidades, a brincadeira de experimentar novamente o glamour de um cruzeiro..Tudo é bom demais e tudo nos deixa feliz, como é bem próprio de qualquer viagem. Mas, seria um pecado não falar especialmente de três coisas especiais que vivi nesses dias. A primeira delas, foi visitar um parque que ainda não conhecia, em Buenos Aires, o perfumado Rosedal. Como insinua o nome, trata-se da casa das rosas, um lugar onde é possível conferir, de perto, a beleza de mais de 186 espécies diferentes de rosas. Lá, há um perfume onipresente dessas flores, que vai inebriando o corpo e a alma à medida que o tempo passa.
A capital Argentina me rendeu outro grande presente: andar quilômetros, em plena madrugada, sem ser abordada por ninguém, sem sofrer qualquer violência. Isso foi fantástico, porque aqui no Rio, cidade em que vivo há 28 anos, não me sinto segura para fazer isso e, depois das 22h, só ando de taxi. Paranóia ou não, é evidente que a “Cidade Maravilhosa” causa algum nível de insegurança em tudo mundo, por isso foi muito gratificante andar livremente por Buenos Aires!
Depois da “inusitada” segurança portenha, achei que nada mais poderia me encantar tanto. Mas o melhor ainda estava por vir e foi muito bacana me deparar com a transbordante dignidade dos Uruguaios, na capital do país. Por lá, os sentimento de auto-estima, dignidade e retidão são sentidos a cada esquina. É sabido que a economia uruguaia não é das melhores, que a moeda é bem inflacionada e muito desvalorizada (inclusive frente nosso real), mas tudo isso não rouba daquele povo o que ele tem de mais valoroso e bonito! Tudo no Uruguai reflete esse zelo pela dignidade: o plano urbanístico da capital, a incrível limpeza das ruas (andei quilômetros só encontrei uma única lixeira, mas nenhum papel no chão), a inabalável cortesia e discrição das pessoas e, mais que tudo, o uniforme que as crianças usam para freqüentar as escolas! Não pensem que isso é aleatório, pois esse tipo de coisa é um sinal do valor que se dá para a educação e do zelo que existe em relação à cultura. Em Montevideo, meninos e meninas usam uma espécie de jaleco, mais branco que as roupas dos comerciais de sabão em pó, adornado com um laçarote azul marinho, abaixo do pescoço. Mais bonito que a roupa, em si, é o sentimento de orgulho que cada criança demonstra por usar o uniforme, por freqüentar a escola. Enfim, um belo contraponto e uma grande lição ao povo brasileiro, pois não adianta tratar de qualquer coisa em detrimento da educação, único investimento capaz de edificar e reformar a sociedade.

terça-feira, 23 de março de 2010

Além das palavras



Lançamento da indústria cosmética cria novo código de paquera

* Foto do produto













Ainda não é dessa vez que falarei sobre as novidades dos meus dias de férias, pois além de correr para dar conta dos meus compromissos, tenho sido "atropelada" por diversas notícias e acontecimentos mais importantes e/ou curiosos que minha viagem.
Não, não falarei sobre a campanha para manter no RJ os royalties do petróleo, nem tampouco sobre o julgamento do casal Nardoni. O motivo desse post é o gloss labial transparente que muda de cor e fica vermelho diante do tesão de quem usa o produto.
A primeira vista o mais recente sucesso da indústria cosmética internacional pode parecer mais uma futilidade e até um símbolo da banalização do erotismo e das relações amorosas e sexuais. No entanto, estamos diante de um advento poderoso capaz de modificar a interação entre pessoas, mundo afora. Pois, os ruídos na comunicação entre homens e mulheres jã são velhos conhecidos e sempre comprometeram até mesmo a leve e saborosa paquera. Agora esse mundo de incompreensão e desencontros vislumbra chances de solução! O bendito batom dá um gás para a interação romântica entre as pessoas e isso já é um progresso...rsrsrsrsrs
Como eu acho muito mais acertado fazer humor (e amor também!) e nunca a guerra, só posso dizer que esse incrível batom criou um código para lá de simples, que deve reformatar as relaçoes humanas! Daltônicos que se cuidem...rsrsrsrs.

quarta-feira, 17 de março de 2010

CONTRA A COVARDIA - EM DEFESA DO RIO!

Esse post é um "mero" lembrete e convite a você leitor, para que participe do ato público, hoje, quarta - feira, 17 de março, às 16h, na Candelária.
A manifestação visa manter no estado os royalteis do petróleo, pois, caso a emenda Ibsen Pinheiro seja aprovada pelo Congresso Nacional, 7 bilhões de reais serão perdidos, a cada ano!
Os royalties do petróleo pertencem ao povo do Rio de janeiro e devem ficar aqui! Essa é a mensagem que será reforçada entre a Candelária e a Cinelândia, por milhões de anônimos e famosos, durante a passeata.
A todos, até logo!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Woman in change

Depois de um feriado de Carnaval agitado pelas reportagens e coordenação na edição da cobertura dos blocos cariocas, tirei mini férias para descansar. A viagem caiu como uma luva, porque além de conseguir relaxar e recarregar as baterias para um ano desafiador, pude refletir bastante. E toda reflexão pressupõe mudanças. Comigo não poderia ser diferente.
Assim, além de me deleitar com o que considero que há de melhor entre os países vizinhos da América Latina,volto a minha rotina para cultivar novas “verdades”, farejar novas questões e principalmente, derrubar todas as certezas. Sobre elas posso dizer que a grande “sobrevivente” é o fato que tudo é completamente mutável. Todo muda e se transforma permanentemente. Esse movimento, essa dinâmica é inerente à vida. Faz parte dela. Só que, muitas vezes, ficamos tão acomodados em nossas realidades e zonas de conforto, que precisamos de fatores externos para não esquecer dessa constante (única, na verdade...rsrsrsrs). Portanto, as diferenças de tudo o que é estranho a minha realidade, as diferenças de tudo que é estrangeiro, enfim, são perfeitas para nos lembrar dessa questão vital. Daí a exaltação que faço às viagens, de um modo geral. Pois elas são formas lúdicas de sacudir a poeira da cabeça e coração, à medida que nos dão contrapontos de todo o gênero.
Esse exercício de “olhar para fora” me dá a impressão de que é preciso dar valor ao que se tem e mais ainda: é preciso buscar. Buscar o que há de melhor em si mesmo e no outro. Só assim podemos dar o “melhor” de nós mesmos e estimular o próximo a dar o melhor de si para o mundo. É preciso ser a reforma e o aprimoramento que esperamos do mundo, antes de mais nada!

PS: No próximo post falarei sobre coisas muito bacanas que encontrei nesse pequeno tour. Até!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Viver para mudar, mudar para viver!

Evidente que o planeta Terra está em plena transformação, vide tantos fenômenos naturais - quase simultâneos, como os terremotos, tsunamis e mar revoltos (viram a onda que arrebentou a janela de um cruzeiro no mar mediterrâneo?).
Enfim, se a velha Terra muda, por que não podemos mudar? Para mim, essa mudança aparente do planeta deixa uma incrível lição: independente da idade e experiência de vida de cada um, devemos nos manter disponíveis - e interessados - em reformas e edificações interiores, pois só assim nos adaptaremos ao meio, evoluiremos e faremos da nossa própria existência algo relevante para o todo (a começar pelo nosso pequeno ciclo de convivência) e para nós mesmos.Afinal, que sentido alguém convicto que já "está velho" ou "que viveu demais" para "mudar" pode ter em permanecer vivo? Se já é obra "fechada", nem precisaria continuar vivendo...

Beijocas e até

PS: Estarei distante daqui pelos próximos dias, vivendo uma profunda imersão em mim mesma e, ao mesmo tempo, uns dias off da minha rotina (E vem mudança aí, gente!). Logo voltarei para esse espaço que tanto prezo. Mais beijos!!!!